19 DE MARÇO DE 2011
MIRANTE

19 DE MARÇO DE 2011

Fogo amigo
O prefeito Ravin continua com problemas na empreitada para sua reeleição por causa do fogo amigo. Assessores, secretários e vereadores querem, porque querem, ser o companheiro de chapa do prefeito na próxima sucessão municipal. Contudo, nem todos têm votos suficientes para agregar aos do prefeito Ravin. Isso pode trazer dificuldade na campanha eleitoral da próxima sucessão para prefeito, marcada para outubro do próximo ano. O prefeito vai ter que depender de seus próprios votos, pois os interessados não têm nada para somar e nem para tranquilizar a chapa. Por isso, o fogo amigo é contra a vice-prefeita Dinah Zekcer, que ocupou o cargo de vereadora na Câmara por mais de uma década, que tem votos que já ajudaram na eleição do prefeito Ravin; tem prestígio junto aos servidores municipais e é muito querida pela colônia judaica de Santo André, que sempre a prestigiou. Resta saber até quando o prefeito Ravin vai continuar aceitando esse fogo amigo, que só prejudica sua reeleição.

Posse
Os deputados estaduais eleitos pela região foram empossados na terça (15) em solenidade realizada no Palácio Nove de Julho, em São Paulo. Foram empossados 94 deputados. Os deputados empossados pelo ABC são os seguintes: Orlando Morando (PSDB), Carlos Grana (PT), Alex Manente (PPS), Donisete Braga (PT), Ana do Carmo (PT), Vanessa Damo(PMDB) e Regina Gonçalves (PV-Diadema). Assim, a bancada do ABC continua com sete deputados, como na legislatura anterior.

No comando 1
O ex-presidente Lula, realmente, está decidido a participar ativamente das eleições municipais do próximo ano, principalmente no Estado de São Paulo, onde os tucanos estão no poder há 16 anos. Lula pretendia reunir num restaurante de São Bernardo, em sala fechada, todos os prefeitos do PT das cidades com mais de 100 mil habitantes e também dirigentes petistas com a finalidade de definir uma estratégia para as eleições municipais de outubro do próximo ano. Ele quer mesmo assumir o comando das articulações eleitorais do PT em São Paulo, tendo como objetivo minar o poder do PSDB, que governa o Estado há 16 anos.

No comando 2
Estava tudo acertado para esse encontro na quinta (17), em São Bernardo. Contudo, na quarta (16), a Folha de São Paulo, na página A4, publico matéria sobre o assunto com a manchete se-guinte: “Lula traça estratégia do PT para as eleições municipais”. No texto, tinha a informação de que “o encontro (com os prefeitos e dirigentes) seria realizado a portas fechadas num restaurante de São Bernardo”. Na quinta (17), na página A8, da Folha de São Paulo, publicou que “Lula adia a reunião com PT e reclama de vazamento”. Diz ainda que ele ficou contrariado com o vazamento da notícia e pediu para o presidente regional da sigla, Edinho Silva, “avisasse os prefeitos do adiamento”.

Em alta
O deputado Orlando Morando, na nova legislatura que se iniciou em 15 de março último, assumiu a liderança do governo Alckmin na Assembléia Legislativa. Por sinal, essa confiança do governador em Orando é porque reconheceu nele, apesar da juventude capacidade para ser o líder do Executivo. Assim, os holofotes da mídia vão sempre procurar o deputado.

Prestígio
Os irmãos Cavassani, que comandam a agência de publicidade com o mesmo nome em São Caetano, estão em alta. Eles terão participação decisiva na escolha do nome que o prefeito Auricchio escolher para disputar a sucessão municipal do próximo ano. Essa força deve-se ao fato de que os Cavassani tiveram participação decisiva junto ao irmão do ex-prefeito Tortorello, Pádua, quando foi definido o nome de Auricchio como candidato a prefeito em 2004. Também nos dois mandatos, os dois sempre participaram das grandes decisões do atual governo.

Léxico
Nos corredores do Legislativo de São Caetano é possível colher amostra do que deverá ser o vocabulário empregado nas eleições do próximo ano. Há vereadores que conversam entre si empregando linguagem altamente metafórica. Aparecem personagens com os mais curiosos “hipocorísticos”: Canalha, Ex-mulher de Açougueiro, Irmãos Metralha, Clarabela, Pato Donald… Ninguém confirma a quem se referem os termos “carinhosos”, mas todos parecem unânimes em entender que isso é uma amostra da violência verbal da próxima campanha eleitoral na cidade. A ver.

Balcão
Se pessoas forem alvejadas com esse tipo de linguajar, ao longo da campanha eleitoral, há quem vaticine no mundo político longa fila de processos judiciais por calúnia, injúria e difamação. Enquanto o vocabulário é empregado em conversas reservadas e não se pode identificar vínculo entre símbolo e simbolizados, tudo não passaria de fumaça. Mas, observam alguns políticos experientes, se houver troca de ofensas por conta da disputa eleitoral, a cidade poderá ser transformada em praça de guerra de processos judiciais.

Solidão?
Parece aumentar potencialmente o número de grupos de oposição que se articulam contra o futuro candidato oficial do Palácio da Cerâmica ao comando do município. O espectro englobaria petebistas (partido do prefeito José Auricchio), petistas, ex-assessores diretos do chefe do Executivo, peemedebistas, blocos avulsos. É o comentário corrente em círculos de oposição ao governo municipal.

Trunfo
Enquanto isso, fontes ligadas ao Palácio da Cerâmica falam em candidatura-surpresa para enfrentar a disputa pelo comando do Executivo para o quatriênio 2013-2016. Alguns secretários falam em altos índices de aceitação e popularidade do governo municipal, como indicadores de que o bloco comandado pelo prefeito José Auricchio não receia qualquer adversidade nas urnas. A conferir.