45,5% das mulheres com mais de 40 anos sofrem com incontinência urinária
Saúde

45,5% das mulheres com mais de 40 anos sofrem com incontinência urinária

Apesar de causar grande desconforto e impacto na qualidade de vida de homens e mulheres, a perda involuntária de urina é mais comum do que se imagina. Segundo o estudo Brasil LUTS, 45,5% das mulheres acima de 40 anos convivem com incontinência urinária, que pode ser causada por diversos fatores. O mesmo estudo aponta que dentre todos os sintomas urinários, a incontinência é a que mais está associada à insatisfação do tratamento. Pensando nisso, o Dia Mundial da Incontinência Urinária (14 de março), visa reforçar que uma comunicação aberta entre pacientes e médicos é fundamental para quebrar tabus e garantir um tratamento efetivo.

Experienciar escapes de urina ao tossir, espirrar, rir ou até se movimentar pode ser bastante incômodo no dia a dia e não deve ser encarado como algo normal, independentemente da idade. Situações como essas podem indicar uma incontinência urinária por esforço, o tipo mais comum entre as mulheres, com 20,4% dos casos, aponta o estudo Brasil LUTS. Já a incontinência urinária por urgência, que faz parte do quadro da síndrome da bexiga hiperativa, é caracterizada por uma vontade repentina de urinar e a incapacidade de conseguir controlar até chegar ao banheiro. Segundo o mesmo estudo, esse tipo afeta 14,9% das mulheres.

“Incontinência urinária está no topo da lista dos tópicos que geram maior desconforto entre as pessoas, principalmente, entre as mulheres. Nesse cenário, o sucesso do tratamento está diretamente relacionado à capacidade de médico e paciente atuarem em sinergia: o médico no papel de avaliar e acolher as demandas daquele paciente, priorizando a continuidade e a satisfação do tratamento, que tem como objetivo minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, enquanto o paciente deve observar e compartilhar quais são as situações que mais geram desconforto e a frequência em que elas acontecem”, explica o Marcos Freire, urologista e gerente médico sênior na Astellas Farma Brasil.

Apesar de afetar mais mulheres, a incontinência urinária também impacta a qualidade de vida dos homens, especialmente depois dos 70 anos. Segundo o estudo Brasil LUTS, 14,7% convivem com a incontinência urinária, sendo mais prevalente a perda urinária relacionada à urgência, que representa 9,4% dos casos.

Obesidade e doenças que comprimem a bexiga são alguns dos fatores de risco, assim como a idade. E com o envelhecimento da população, espera-se que as demandas dos serviços de saúde em relação ao manejo da incontinência urinária aumentem no futuro.

“O que devemos normalizar é um envelhecimento com qualidade de vida, autoestima e diálogo para discutir soluções para os desconfortos da rotina. Sabemos que é importante fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, ou seja, praticar exercícios que foquem no conjunto de músculos responsáveis por sustentar a bexiga, uretra e o útero. Além disso, hoje existem diversos medicamentos com eficácia comprovada para casos de incontinência de urgência, especificamente, que podem devolver uma rotina sem interrupções”, finaliza Marcos.