50 anos de renúncia de Jânio
Opiniao

50 anos de renúncia de Jânio

Nascido em Campo Grande no Mato Grosso (1917-1992), Jânio Quadros formou-se em direito na USP em 1940. Foi orador tão brilhante que, quando proferia suas palestras, lotava o recinto.
Não perdia tempo tanto que, em sete anos, passou de prefeito a governador de São Paulo e elegeu-se presidente (1953-1960).
Sem base partidária, ele usou como símbolo a vassoura e foi o primeiro político que usou “o tostão contra o milhão” como símbolo da disputa contra a coligação de nove partidos e com muito dinheiro.
Venceu em 1954 seu inimigo Adhemar de Barros para o governo de Estado.
Abriu inquéritos por supostas irregularidades dos governos anteriores. Afirmava que para ele, a política era um sacrifício e aguardava ansioso o final de seu trabalho para voltar à vida privada.
Mas era pura representação, elegeu-se em 1958 deputado federal
pelo Paraná e não compareceu a nenhuma sessão.
Novamente candidato individual, recebendo apoio de partidos derrotou Teixeira Lott, apoiado pelo presidente Juscelino Kubitschek e de fenômeno paulista tornou-se um fenômeno nacional.
Na Presidência reforçou suas características conservadoras e não teve problemas pois adotou um programa econômico conservador. Desvalorizou a moeda e a inflação subiu.
Rompeu com o alinhamento automático com os EUA em plena Guerra Fria, quando a questão cubana estava no auge, mas imiscuiu-se em questões da esfera privada e proibiu os biquínis.
Entretanto ele desejava o poder absoluto e tentou a renúncia sem que tivesse acontecido nenhuma grave crise agindo repentinamente.
Tinha imaginado que retornaria a Brasília nos braços do povo.
Saiu de Cumbica guiando um D K W.

Israel Zekcer, vereador de Santo André, médico pediatra e alergista, deputado estadual de São Paulo por três gestões, Secretário de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo.