A aceleração da Inovação no Brasil
ARY SILVEIRA BUENO

A aceleração da Inovação no Brasil

O Brasil nos últimos quatro anos, desde a edição do Decreto 9319/2018 (Estratégia Brasileira para a Transformação Digital), deu salto de crescimento como Governo Digital. Ele ocupa atualmente a sétima posição mundial, estando atrás apenas da Coreia do Sul, o primeiro, Estônia, França, Dinamarca, Áustria e o Reino Unido, nesta ordem, conforme estudo de 2021 do Índice de Maturidade em Governo Digital do Banco Mundial.
Os brasileiros são tidos também como muito empreendedores. No entanto, no quesito Inovação devemos acelerar e muito o seu desenvolvimento.
Há importantes iniciativas para colocar o Brasil em posição de destaque mundial, também no campo da Inovação.
Alguns exemplos de ações da Confederação Nacional das Indústrias – CNI, merecem destaque, como:
• A sétima edição do Prêmio Nacional de Inovação 2021/2022, com as inscrições encerradas em dezembro passado;
• A realização de Programa de Imersão Internacional em Inovação em 2022, para Israel, Finlândia, Alemanha, Europa e China, em abril, maio, junho e outubro, respectivamente.
• A realização do nono congresso de Inovação em março, idealizado pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). Ele tem como objetivo promover o debate sobre a agenda empresarial da inovação, de forma a fortalecer a cultura inovadora no país.
Destaco também o recente trabalho sobre Governança e Inovação: Uma abordagem Integrada, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, que para divulgar o trabalho produziu o texto que segue:
“São muitas as dificuldades e os desafios que as empresas devem enfrentar para conseguir implantar e manter um sistema de inovação alinhado às boas práticas de governança corporativa. Isso porque, muitas vezes, a inovação ainda é tratada de maneira desconectada da estratégia do negócio. Entre alguns dos desafios estão:
• estruturas organizacionais engessadas e que não foram feitas para pensar e tampouco para se trabalhar a inovação;
• empresas em estágios iniciais de constituição seguindo um modelo de tese de inovação como sendo algo fixo e imutável;
• conselho de administração rígido e burocrático;
• inexistência de uma jornada da inovação;
• crença por parte das organizações e dos profissionais de que inovação é apenas transformação digital.
De forma a evitar os chamados “espasmos de inovação”, com iniciativas que começam e param, a publicação Governança e Inovação: uma abordagem integrada traz, sob o prisma da governança, caminhos para que as organizações possam inovar de maneira sistemática, continuada e alinhada ao propósito do negócio.
Desenvolvida pelo grupo de trabalho da Comissão de Inovação do IBGC, a publicação reconhece que inovar é correr riscos, mas que a inovação deve estar umbilicalmente associada à estratégia da empresa, à definição de mecanismos que viabilizem a atração e a retenção dos talentos e às estruturas que atribuam papéis claros para a liderança, sobretudo para a alta gestão.”
O trabalho: Governança e Inovação: Uma abordagem Integrada do IBGC é disponibilizado e pode ser baixado em PDF. São várias as ações importantes em prol da Inovação, cabe à todos nós operacionalizá-las.