É muito difícil definir felicidade. Podemos dizer que é um estado de espírito, uma sensação agradável, um bem estar causado por um acerto financeiro, um namoro novo, uma casa nova, enfim, podemos tentar expressar esta sensação de diversas formas, mas talvez, nenhuma delas expressa tão bem quanto sentir um profundo amor por si mesmo e por tudo que é vivo.
A felicidade é um estado mais duradouro do que simplesmente sentir alegria. A alegria é um estado passageiro, sujeito às alterações de humor conforme os conflitos diários. A felicidade é conquistada em longo prazo com erros e acertos da vida.
Na medida em que aprendemos a aceitar a vida como ela é, sem brigar e passamos a entender que tudo na vida é ilusório e passageiro e que a única coisa real é o amor que carregamos dentro de nós, podemos sentir felicidade.
Existe uma diferença muito sutil entre a realidade e a ficção e esta percepção esta no cérebro, ou seja, o que pensamos determina a realidade ou a ficção da nossa vida. Podemos dizer que os pensamentos ficam entre espírito e o coração e a fusão entre ambos desperta o amor. É como se os pensamentos fossem os mapas para se chegar à felicidade plena que tanto buscamos. Você pode se afastar deste tesouro ou aproximar-se dele conforme a qualidade destes pensamentos.
Saiba que pensamentos são conscientes e subconscientes e estes, os subconscientes, geralmente guardam as respostas para as principais questões da vida como vida, morte, doenças, espiritualidade, divindade, passado, futuro, amor, etc. Mais ou menos 20% destes pensamentos são conscientes e como os 80% restantes são pouco acessíveis, é mais fácil buscar a felicidade fora de nós, nos outros, nas circunstâncias, nas coisas, etc. Estas coisas podem nos dar alegrias momentâneas, mas não a felicidade plena. Aliás, a alegria geralmente vem acompanhada de uma tristeza para fazer um contraponto de equilíbrio. Mesmo a alegria excessiva é doentia segundo a visão da Medicina Tradicional Chinesa, ela afeta o coração tanto quanto a tristeza.
Se observarmos mais atentamente as experiências diárias, veremos que estas leis são precisas e nos ensinam muito. Aceitar a vida da forma que ela nos apresenta é um dos primeiros passos para a felicidade.
É preciso olhar dentro e ver claramente o mundo que criamos e acreditamos ser verdadeiro. Mudar o caminho quando preciso é importante para entender o verdadeiro propósito da vida que é o amor. Não deixe para mudar quando não tiver mais forças para isso. Ame as pessoas que estão ao seu lado sem esperar nada delas. Ame o seu trabalho, o seu patrão, a sua casa, família, enfim, tudo o que você tem, porque tudo o mais lhe será revelado.
“QUEM OLHA PARA FORA SONHA. QUEM OLHA PARA DENTRO ACORDA”.
CARL GUSTAV JUNG
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Prof. Almir de Carvalho é especialista em acupuntura pela Universidade de Beijing (China), pós graduado em yoga pela FMU.
