08/03/14
A internet é uma das maiores conquistas da humanidade. Nela se convergem todos os meios e formas de comunicação: voz, dados, textos, fotos, TV, vídeo, rádio, jornal, revista, enciclopédias digitais, serviços de mensagens interativas, sites de busca e estas redes sociais.
Na internet, descobri os Cursos Massivos Abertos On Line (ou na sigla MOOCs, de Massive Open Online Courses), que permitem a milhões de pessoas no mundo fazer cursos universitários gratuitos em centenas de universidades do mundo, a começar do site www.edx.org – que reúne instituições como Harvard, MIT, Berkeley e muitas outras universidades norte-americanas. Até a USP já iniciou seu projeto de MOOCs.
Pois bem, essa face magnífica da internet nos oferece coisas úteis como a Wikipedia, a enciclopédia virtual escrita em mais de 200 idiomas – a começar do inglês, com 4,5 milhões artigos; português, hoje com 821.000; ou em espanhol, com 1,1 milhão; ou em francês, com 1,5 milhão, entre outras.
Todos conhecem hoje o poder da internet como nova força de mobilização de nações contra ditadores sanguinários e tiranias corruptas. Ou como alavanca econômica que aproxima produtores e consumidores, nessa revolução da convergência, no chamado nexus das forças, com a mobilidade, a computação em nuvem, as redes sociais e o Big Data, essa massa incrível de informações que inunda cada terminal e computador.
O lado sórdido
Como todos os grandes avanços da tecnologia, a internet pode ser usada tanto para beneficiar como para prejudicar a humanidade. As mensagens não desejadas ou spams infestam nossos computadores, trazem armadilhas como os physhings com o propósito de introduzir vírus, furtar nossa identidade e dados confidenciais. Ou os pedófilos que usam a rede para atrair crianças.
Uma rede social como o Facebook – que tantas coisas positivas nos pode oferecer como espaço para a informação cultural, para notícias verdadeiras, sem ataques pessoais, sem calúnias e sem distorções político-ideológicas – está virando este palanque repugnante de propagandistas de todas as tendências – a maioria da extrema esquerda, mas também com a presença crescente da extrema direita. As características mais conhecidas dessas pessoas despreparadas para a democracia são a linguagem grosseira, o xingamento, a calúnia, a ofensa mais ousada e a recusa sistemática ao debate respeitoso e equilibrado.
Felizmente, a estratégia primária desses arautos da mentira começa a cansar e irritar a audiência. Em breve, estarão derrotados. Quem viver verá.
Ethevaldo Siqueira é jornalista especializado em telecomunicações e professor universitário, e-mail esiqueira@telequest.com.br
