A outra face da AI: os riscos potenciais dessa nova tecnologia
Opiniao

A outra face da AI: os riscos potenciais dessa nova tecnologia

Como demonstramos, a inteligência artificial poderá, em muitos aspectos, melhorar as nossas vidas. E, sem dúvida, ela vai revolucionar o mundo do trabalho, em especial por eliminar cada vez mais certas tarefas mentais rotineiras, fatigantes e repetitivas, para nos dar mais espaço para tarefas que trazem alegria.
Mas esses avanços tecnológicos incríveis da Inteligência Artificial nos trazem, também, preocupações? É claro que sim. O problema mais conhecido e discutido da Inteligência Artificial, embora ainda seja controvertido, é o inegável efeito da como uma tecnologia como exterminadora de empregos e profissões.
Essa discussão vem de longe, desde os primeiros tempos da Revolução Industrial e atravessa os séculos 19 e 20.
A primeira impressão é de o impacto da tecnologia sobre o trabalho humano parece que tende a agravar-se num horizonte de 10 a 20 anos, com a chamada Quarta Revolução Industrial liderada pela inteligência artificial, pelos novos robôs e pelos computadores mais avançados. Vejamos apenas alguns exemplos desse novo desemprego tecnológico, num futuro próximo:
• A recepcionista de um hall de Hotel poderá muito em breve ser substituída por um robô dotado de Inteligência Artificial.
• Os consultores bancários e no mercado de capitais também são ameaçados a médio prazo.
• O poderá ocorrer com os consultores de investimentos, pois já existem diversos tipos de software baseados em práticas recomendadas para investir. E é bom lembrar que é muito mais fácil e rápido implantar o comportamento inteligente nesses agentes virtuais para processar muito mais informações do que treinar qualquer ser humano para executar as mesmas tarefas.
• Com esses avanços da inteligência artificial poderá tomar a melhor decisão possível na escolha de uma aplicação financeira no mercado de capitais.
A primeira recomendação dos humanistas que estudam o problema é que “a tecnologia precisa ir além da inteligência, e incluir os aspectos sociais, culturais e éticos” – visto que não há como deter a transformação do mundo pela inteligência artificial, computação em nuvem, blockchain e internet das coisas (IoT). Essas tecnologias estão mudando e continuarão a mudar o mundo.
Mas, para tornar a humanidade mais feliz, essas tecnologias exponenciais só deverão ser aplicadas em nosso dia-a-dia, se puderem ser bem treinadas para se serem aplicadas de forma confiável e inteligente.
Vale lembrar ainda as advertências mais sérias de personalidades de renome como Stephen Hawking, Bill Gates e Elon Musk, o bilionário dono da Tesla Motors, sobre os riscos da Inteligência Artificial, e alguns de seus aspectos mais dramáticos.
Elon Musk, cita o livro “Superinteligência”, do filósofo de Oxford, Nick Bostrom, para quem “precisamos ser super cuidadosos com a Inteligência Artificial. Potencialmente, ela pode ser mais perigosa do que as armas nucleares”
Diante dessas advertências tão sérias, um número expressivo de cientistas e empresários de renome assinaram há três anos uma carta aberta, apoiada, entre os quais, o físico Stephen Hawking, falecido em março passado, o empresário Elon Musk, Steve Wozniak (um dos fundadores da Appe), Peter Diamandis (da XPrize Foundation), Noam Chomsky, do MIT.
O documento divulgado sugere mais estudos sobre os impactos sociais causados pela aplicação inteligência artificial em larga escala. A carta alerta destaca as possíveis vantagens de aplicar a inteligência artificial na vida das pessoas, como a cura de doenças e erradicação da fome, mas adverte sobre a necessidade de mais atenção às questões sociais, além da privacidade e segurança.