06/04/13
Estamos vivendo numa época bastante interessante do ponto de vista da realidade das coisas, ou, como vemos esta realidade. Segundo a ciência, esta-mos adiantados tecnologicamente e realmente estamos se comparado a alguns anos atrás. Na visão da psicologia, vivemos uma época bastante interessante de liberdade do pensamento e conquistas pessoais.
No entanto, do ponto de vista da espiritualidade e da compaixão, ou seja, do estímulo das faculdades que nos tornam humanos, estamos regredindo e deixando aflorar o Ego, as diferenças, a violência e a falta de compaixão.
Vivemos um período excelente tecnologicamente, mas frágil do ponto de vista psíco- espiritual. O ser humano perdeu a sua identidade, o seu senso comum, a ajuda mútua, o altruísmo, o fazer com o outro o que gostaria que fizesse consigo. As coisas acontecem muito rapidamente e com a busca incessante de bens materiais, nos afastamos de nós mesmos. Os sentidos ficam endurecidos e não mais sentimos a nós mesmos e o outro. Agimos com o pensamento, que não é tão confiável porque ele está baseado no passado, preso a conceitos e crenças. Vivemos estes pensamentos acreditando serem eles verdadeiros, mas em muitos casos, nos surpreendemos com as nossas atitudes negativas descontroladas. Embora pareça que controlamos nossas atitudes, na verdade, temos consciência de apenas 10% do conteúdo psicofísico, os 90% restantes estão nas profundezas no nosso ser, gravados no corpo e na mente.
Aquilo que é desconhecido torna-se o nosso lado sombra e gera medo que é a emoção base do estresse. Colocamos uma máscara para vivermos em sociedade e demonstramos emoções que não estamos sentindo. A melhor forma de tirar a máscara é eliminar a resistência, parar de brigar com as coisas e aceitá-las como elas são; não resistir ao amor que está no coração de cada um de nós e fazer desta emoção o grande sentido da vida. Quebre esta resistência que há em seu coração e passe a ver a vida com outros olhos.
Com a correria do dia a dia o sistema nervoso trabalha sob pressão que gera o famoso estresse, deixando o organismo frágil, sem defesas. A doença nada mais é do que a tentativa do organismo de parar você para que possa sentir a sua respiração, refletir atitudes, relaxar o sistema nervoso e recuperar a homeostase. Hoje estamos tão ocupados que preferimos tomar um remédio do que refletir e desta forma, passamos por cima das nossas atitudes.
Prof. Almir de Carvalho é especialista em acupuntura pela Universidade de Beijing (China), pós graduado em yoga pela FMU
