A ADPESP (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) promoverá, nesta quarta (13) e quinta (14), a eleição do triênio 2024/2026, que será realizada presencialmente, na sede da entidade, no Centro de São Paulo, das 12hh às 20h.
Os votos que forem recebidos via Correios serão retirados por membros paritários da Comissão Eleitoral até às 17h horas de quinta (14). A apuração ocorrerá logo após o término da votação presencial. Deixará a presidência o delegado Márcio Marques Ramalho.
André Pereira, atual diretor de Relações Institucionais da Adpesp, é um dos candidatos que estão na disputa pela presidência. Confira a entrevista exclusiva.
Folha do ABC- Por que o sr.resolveu se candidatar à presidência?
André Pereira- É importante ressaltar que a Adpesp é a maior e mais antiga associação de delegados em nível estadual do país. Temos mais de 3 mil delegados de polícia associados e 75 anos de história de muita luta e abnegação em defesa da classe dos delegados de polícia a instituição Polícia Civil como um todo
Resolvi me candidatar à presidência em primeiro lugar pela inquietação que tenho, particularmente, ao visualizar alguns pontos de melhoria para as condições de trabalho dos delegados de polícia, dos policiais civis como um todo e, até mesmo, do aperfeiçoamento da nossa instituição Polícia Civil.
Acredito que no âmbito do trabalho classista de busca e defesa dos direitos, prerrogativas e garantias desses profissionais, nós podemos contribuir tanto para essas pessoas que são abnegadas e que dedicam as suas vidas em defesa do próximo, quanto diretamente entregar a possibilidade de aperfeiçoamento do sistema de segurança pública como um todo em benefício da população. Essas são algumas das razões que me movem e também já estamos desenvolvendo esse trabalho no âmbito da diretoria da entidade de classe há três anos.
Atualmente, eu sou diretor de Relações Institucionais da Adpesp e os nossos colegas, os nossos pares, visualizaram a possibilidade de conduzirmos a entidade de classe nos próximos três anos. Estou muito esperançoso, confiante acima de tudo de que nós faremos um excelente trabalho na condução da maior e mais antiga associação de delegados em nível estadual do nosso país.
Folha- O sr. é natural de São Bernardo. Poderia nos contar um pouco sobre a sua ligação com a cidade?
André- Tenho 38 anos, nasci em São Bernardo. Sou filho de pai e mãe nordestinos, Sr.Francisco das Chagas e Maria das Dores, e tenho um irmão chamado Paulo César, quatro anos mais velho do que eu. Quando nasci, nossa família residia em São Bernardo, meu pai foi metalúrgico das fábricas da região do ABC e algum tempo depois tivemos que retornar para o sertão de Pernambuco por força da crise que o país passava, em 1990.
Passei minha infância e posteriormente tive a honra de retornar para São Bernardo, como delegado de polícia, como diretor da Adpesp e após ter trilhado uma trajetória na segurança pública, após ter desempenhado alguns cargos no âmbito da segurança, tenho sido soldado da polícia militar, investigador, sou delegado de polícia atualmente e retorno a minha cidade natal com muito orgulho e satisfação de poder voltar à São Bernardo e contar essa história.
Folha- Na sua avaliação, quais as principais prerrogativas dos delegados? O que ainda é preciso? Como superar os desafios e resolver os problemas enfrentados pela classe?
André- Os desafios são inúmeros tanto do ponto de vista de recursos materiais, instalações prediais, por exemplo, viaturas, equipamentos de trabalho, quanto do ponto de vista dos recursos humanos das demais carreiras que integram a Polícia Civil que estão sob a direção dos delegados de polícia e quando esses recursos estão escassos, o trabalho do delegado de polícia não pode ser, muitas vezes, exercido em sua plenitude.
Acredito que para fazer frente a essas problemas , devemos de um lado apresentar sim, demonstrar a existência desses problemas, mas de outro, apresentar possíveis soluções e essas soluções são apresentadas por meio de projetos, que nós possamos realizar alterações legislativas para dar condições de trabalho a esses profissionais e com muito equilíbrio, acima de tudo, buscando identificar cenários, oportunidades, ameaças a implementação desses projetos apresentados e estabelecer sempre o diálogo, estabelecer consensos para que cheguemos a um resultado , buscando conversar a respeito dos dissensos de maneira progressiva. Acredito que essa é uma fórmula importante para que tenhamos os resultados na solução dos problemas enfrentados pelos delegados de polícia.
Folha- Caso a chapa do sr. seja eleita, qual a primeira medida que irá tomar como presidente?
André- Primeira medida à frente da entidade de classe será o planejamento estratégico para os próximos três anos. É importante que quando a nossa chapa, sendo eleita, assuma, realize um diagnóstico das circunstâncias atuais da nossa carreira no cenário interno e externo, seja em nível estadual, seja em nível nacional e que nós possamos preservar, também, o trabalho que vem sendo desenvolvido e muito bem desenvolvido pela atual gestão do Dr.Marcio Ramalho. O trabalho que foi desenvolvido pelo Dr.Gustavo Mesquita em razão de tudo que vem sendo feito pela gestão desses dois colegas e que tenho a honra de participar do grupo formado por eles a frente da diretoria da Adpesp. Visualizamos a preservação deste bom trabalho que vem sendo realizado no âmbito classista, no âmbito dos cuidados da própria entidade de classe, dos benefícios ofertados aos delegados de polícia voltados ao seu bem estar.
Então, a nossa visão é essa, de realizar um planejamento estratégico que possamos ter aí de certo modo um mapa para a condução da nossa entidade de classe para os próximos três anos.
