Aneel aprova aumento médio de 12% nas contas de luz em São Paulo
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Aneel aprova aumento médio de 12% nas contas de luz em São Paulo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, na terça (28), o reajuste tarifário da Enel Distribuição São Paulo. Os novos valores entrarão em vigor a partir de 4 de julho para os 24 municípios da área de concessão da distribuidora, que  atende cerca de 7,6 milhões de unidades consumidoras no estado.

Após várias medidas de mitigação, o reajuste médio anunciado foi de 12,04% em linha com a inflação do País. Para os consumidores de baixa tensão, em sua maioria clientes residenciais, o reajuste ficou em 10,15% e para os clientes de média e alta tensão, em geral indústrias e grandes comércios, o índice médio aprovado foi de 18,03%.

De acordo com a Enel, os principais fatores que influenciaram o aumento foram o aumento de encargos setoriais como a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE (parcela correspondente ao custeio dos subsídios Baixa Renda, de irrigação e de fontes incentivadas, a alta da inflação (IGP-M) e o aumento dos custos com aquisição de energia (produzida pelos geradores, incluindo Itaipu) e com o transporte dessa energia até a distribuidora (valor pago às empresas transmissoras). Essas despesas, que são definidas por lei e pela regulação vigente, não são gerenciadas pela Companhia.

“É importante esclarecer que do processo tarifário deste ano, apenas cerca de 3,67% do reajuste refere-se à atualização dos custos da atividade de distribuição. Adicionalmente, do total da conta de energia a parcela que cabe à companhia, cerca de 22,9% é destinada à operação e manutenção de suas atividades, como equipamentos de distribuição de energia elétrica em sua área de concessão, para a melhoria da qualidade do serviço. Desde a aquisição da Eletropaulo, em 2018, a empresa investiu cerca de R$ 4 bilhões somente em São Paulo”, afirma Luiz Gazulha Jr, Diretor de Regulação das distribuidoras da Enel no Brasil.

Bandeiras tarifárias
Na semana passada, a Aneel aprovou reajuste das bandeiras tarifárias, que incidem na conta de luz em caso de escassez hídrica ou qualquer fator que aumente o custo de produção de eletricidade. Os aumentos irão de 3,2% a 63,7%, dependendo do tipo da bandeira.

No entanto, neste momento, os aumentos não tornarão as contas de luz tão caras porque, desde abril, a bandeira tarifária está verde, quando não ocorre cobrança adicional. Os valores entrarão em vigor em 1]º de julho e serão revisados em meados de 2023.