Apelo!
Opiniao

Apelo!

Frio intenso! Não nos acostumamos mais a este inverno rigoroso, chuvoso. Passando pelo centro de Santo André, semana passada de carro, vi o Albergue Municipal, pois o portão estava todo aberto. Mas eu também vi na calçada, deitados com panos sobre os corpos magros, irmãos em Deus nossos, debaixo da chuva! Não vou criticar a Prefeitura pois eu nunca tinha visto aquele pedacinho de Santo André, sabia que existia, mas nunca visitei e me arrependo. Há muitos sem teto espalhados por nossa cidade, e muitos “esquentados à pinga” pura para suprir o enorme sofrimento com o frio. Deploro isto acontecer diante de nossos olhos e cansei de ouvir: “ah! eles é que escolheram isto!”Não é verdade, ninguém escolhe sofrer sem teto, sem comida, sem lar! Claro que é um pessoal ou abandonado pela família, ou que abandonou uma horrível família onde o maltratavam. Vou me informar melhor sobre este abrigo municipal  e saber o porque tantos estão como que numa fila sofrida na calçada em frente! Neste inverno, compramos  plásticos aos metros e púnhamos unidades no carro, distribuindo a quem achávamos que iria se cobrir da chuva com eles. Ingenuidade + boa vontade nossa, que não adianta quase nada para resolver o problema, o que está fora de nosso alcance financeiro. Apelo neste simples texto, à Prefeitura Municipal, ao Departamento de Assistência Social, que olhem mais de perto, se é que já não o fazem, para estes irmãos nossos que tanto necessitam de apoio. Apelo também às entidades assistenciais, as quais sei que muitas saem às ruas para dar o “sopão” aos irmãos sofredores. Apelo às pessoas em condição financeira alta, às que ainda não olharam para “este lado amargo da vida”, sentem pena, mas nem sabem por onde começar a agir na Caridade ensinada por Jesus  Cristo, que façam algo por estes seres que sofrem sem lar, sem agasalhos, sem comida nas ruas de nossa cidade! Comecem ajudando este albergue de Santo André, e, se possível, aumentando-o e melhorando as condições em que vivem estes senhores que não tiveram a sorte que tivemos em estudar, trabalhar e ter um lar feliz! Não é crítica, repito, e sim um apelo, um grito de socorro que vem à minha mente, quando debaixo de cobertores quentes, depois de uma refeição digna! Sou pequena, entretanto, e faço o que posso, dentro de nossas condições financeiras modestas. Mas posso sim gritar “Socorro” por eles, nossos irmãos, gente como a gente, que não pediu para nascer.
Que Deus nos abençoe e nos intua sempre o melhor a fazer pelos nossos semelhantes! Até!
GLORITA CALDAS