Joe Biden alertou que os ataques cibernéticos podem se transformar em uma guerra total, à medida que as tensões com a Rússia e a China aumentam em uma série de incidentes de hackers que visam agências governamentais, empresas e infraestrutura dos EUA.
Biden disse na terça (27) de julho que as ameaças cibernéticas, incluindo ataques de ransomware, “são cada vez mais capazes de causar danos e interrupções no mundo real”.
“Se acabarmos em uma guerra, uma verdadeira guerra de tiro com uma grande potência, será como consequência de uma violação cibernética”, disse o presidente em um discurso no Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional, que supervisiona 18 Agências de inteligência dos EUA.
Uma série de hacks recentes revelou a extensão da vulnerabilidade cibernética dos EUA, variando de violações de espionagem extensas que atingiram o coração do governo a ataques de ransomware que paralisaram operações em um importante oleoduto e frigoríficos.
O governo Biden acusou os governos da Rússia e da China, ou hackers baseados nos dois países, de alguns dos ataques. As autoridades americanas alertaram que o governo responderia com ações de “uma combinação de ferramentas visíveis e não vistas”, mas as violações cibernéticas continuaram.
Embora não tenha dito contra quem essa guerra poderia ser travada, Biden imediatamente mencionou o nome do presidente da Rússia, Vladimir Putin, alegando que a Rússia estava espalhando desinformação antes das eleições de meio de mandato dos EUA em 2022.
“É uma violação pura de nossa soberania”, disse ele. Conforme escreveu The Big Read, Biden, Putin e a nova era da guerra de informação “Putin… tem um problema real. Ele está sentado no topo de uma economia que tem armas nucleares e poços de petróleo e nada mais. Nada mais”, disse Biden.
“Ele sabe que está realmente encrencado, o que o torna ainda mais perigoso”. Em uma cúpula de junho em Genebra, Biden avisou pessoalmente Putin que os EUA “responderiam com cibernética” se o estado russo ou hackers baseados na Rússia tivessem como alvo a infraestrutura crítica dos EUA.
Os setores proibidos abrangem energia, saúde, TI e instalações comerciais, todos os quais já foram supostamente alvos de hackers russos desde as eleições de 2020 nos Estados Unidos.
Outros incluíram transporte, serviços financeiros e produtos químicos. Biden também disse que o presidente chinês Xi Jinping estava “mortalmente sério” sobre a China se tornar a força militar mais poderosa do mundo na década de 2040, bem como a maior e mais importante economia.
“É real… Este menino tem um plano”, disse Biden, acrescentando: “É melhor descobrirmos como vamos acompanhar o ritmo sem agravar (a situação)”. Biden enfatizou que os ataques cibernéticos são apenas um aspecto das ameaças crescentes que os Estados Unidos enfrentam, dizendo que haveria mais desenvolvimentos nos próximos 10 anos do que nos últimos 50, colocando um enorme fardo sobre a comunidade de inteligência. “Realmente vai ficar mais difícil”, disse ele.
