Aumenta o número de áreas invadidas na beira da Billings
Política

Aumenta o número de áreas invadidas na beira da Billings

AO ecopesportista Dan Robson e a professora Marta Medeiros, da Universidade de São Caetano no Sul (USCS), em parceria com a Prefeitura de São Bernardo e a empresa alemã ProMinent, apresentaram, na última semana, no teatro Lauro Gomes – Rudge Ramos – , o resultado final da “Expedição Mananciais: Represa Billings”, que em apresentou evolução no índice de qualidade. A pesquisa faz parte do projeto Índice de Poluentes Hídricos (IPH), que durou três anos e teve o objetivo de estudar a qualidade da água da represa.

Para concluir a última fase da pesquisa, Dan Robson remou 467 km, durante 7 semanas, a bordo de um Kayak equipado com aparelhos que captavam dados da água como Oxigênio, Temperatura, Ph, Fósforo, entre outros. Foram coletadas162 amostras de diferentes pontos da represa, sendo 104 somente na região de São Bernardo.

Dan Robson apresentou sua expedição, por meio de imagens, e revelou um pequeno avanço na qualidade da água. Os pesquisadores analisaram todos os parâmetros e também os fatores climáticos que influenciam na qualidade. Durante a navegação, em 2015, pode se observar que existiam muitos lixos flutuantes, e em diversos locais algas, que indicam alto índice de poluentes.

A expedição constatou que houve aumento no número de áreas invadidas na beira da represa, o que dificultou uma melhora ainda maior, pois os dejetos são despejados na Billings. Em alguns locais, que Dan Robson navegou no começo do projeto, não foi possível o acesso, pois as algas ocuparam espaços em que o Kayak navegava.

A pesquisa relevou que houve um aumento dos pontos analisados como bons e regulares e uma estabilidade dos pontos ruins e péssimos. “Em alguns lugares o índice de oxigênio variava entre 2 e 4. Isso quer dizer que existiam muitos poluentes e que água não estava com boa qualidade. O ideal é acima de 5. Porém, a pesquisa mostrou aumento da quantidade de pontos bons e regulares, já os pontos ruins e péssimos ficaram iguais. É uma leve melhora, mas já é um avanço”, analisou Dan Robson.

Marta Marcondes, professora da USCS e responsável pelas análises das amostras, revelou os dados e locais de melhor melhora, mas alertou que as ocupações irregulares vão de desencontro com os fatores positivos. “As chuvas contribuíram para os avanços na qualidade da água, mas temos que ficar atentos com as áreas invadidas. Os locais em que a pesquisa apontou pior melhora foram próximos das encostas onde existem esses assentamentos”, revelou.