Auricchio: “Sou contra a fusão do PSDB com o Cidadania”
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Auricchio: “Sou contra a fusão do PSDB com o Cidadania”

O futuro do PSDB ainda é incerto e aguarda os desfechos do segundo turno das eleições. Porém, o partido amargou um resultado bastante desfavorável nas urnas, no primeiro turno.

Nenhum dos candidatos a governador pelo PSDB venceu em primeiro turno e nenhum senador foi eleito. O atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) não passou para o segundo turno, obtendo apenas 18,40% dos votos válidos. O PSDB, após 28 anos à frente do Governo de São Paulo, perdeu o comando do estado mais desenvolvido economicamente do Brasil.

Além disso, dos doze estados que terão segundo turno, apenas quatro tucanos irão disputar o segundo turno e nenhum passou em primeiro lugar. No Mato Grosso do Sul: Capitão Contar (PRTB) x Eduardo Riedel (PSDB); na Paraíba: João Azevêdo (PSB) x Pedro Cunha Lima (PSDB); em Pernambuco: Marília Arraes (Solidariedade) x Raquel Lyra (PSDB) e no Rio Grande do Sul: Onyx Lorenzoni (PL) x Eduardo Leite (PSDB). Com isso, o PSDB corre o risco de ficar sem governar nenhum dos 27 estados do Brasil, algo que nunca aconteceu antes, desde a fundação da sigla, em 1988.

No ABC, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), após inauguração da obra da EMI Claudio Musumeci, na terça (25), falou à Folha, sobre o futuro da sigla e disse ser contra a fusão do partido com o Cidadania, cujo grande entusiasta é o presidente estadual, Marco Vinholi (PSDB).

“A decisão não passa por nós, humildes filiados. Na verdade, a federação já existe, ela tem prazo de validade de quatro anos, com o Cidadania. Eu, particularmente, sou contra a federação, fusão do PSDB com o Cidadania porque não trouxe nenhum ganho. Muito pelo contrário, acabamos dando os votos necessários para a manutenção da bancada do Cidadania, então acho que o PSDB foi perdedor neste ponto. Mas, foi uma decisão vertical da Executiva Nacional e temos que obedecer pelos próximos anos”, revelou.

Auricchio ainda analisou o cenário que se desenha para as eleições municipais de 2024. “Agora, no âmbito local acho que pouca interferência vamos sentir, pelo menos agora. As interferências vão ser para 2024”, destacou.