Em um ensaio escrito como convidado para a edição desta semana da The Economist, o presidente norte-americano listou os quatro desafios econômicos que, segundo ele, o seu sucessor terá de enfrentar. O ensaio, que será publicado neste sábado (08) na The Economist.
“Onde quer que eu vá ultimamente, nos Estados Unidos ou no exterior, as pessoas me fazem a mesma pergunta”, começa o presidente. “O que está acontecendo com o sistema político dos Estados Unidos? Como é que um país que se beneficiou tanto – talvez mais do que qualquer outro – da imigração, comércio e inovações tecnológicas possa ter desenvolvido, de repente, uma onda protecionista de aversão à imigração e à inovação? Por que membros da extrema esquerda e, mais notoriamente, da extrema direita adotaram uma visão puramente populista, que promete o retorno a um passado que nunca poderá ser resgatado – e que para muitos norte-americanos nunca nem existiu?”
No que é, para todos os efeitos, uma carta aberta ao seu sucessor sobre como navegar em tempos de descontentamento do eleitorado, o Presidente Obama afirma que os políticos que defendem a construção de muros e o estabelecimento de barreiras comerciais estão se esquecendo de um princípio básico do país: de que quando as empresas consideram o bem comum juntamente com os lucros, e o livre mercado evita concentrações insalubres de poder, “o capitalismo tem sido a maior alavanca de prosperidade e oportunidade que o mundo já conheceu”.
“Não é comum para nós da The Economist publicar artigos de convidados”, diz Zanny Minton Beddoes, editor chefe da The Economist. “Abrimos uma exceção hoje, pois acreditamos que o ensaio do Presidente Obama sobre os problemas econômicos por trás da fúria dos eleitores é um tema que será de grande interesse para os nossos leitores do mundo todo. O presidente faz ainda uma avaliação bastante sincera de alguns temas que o seu governo deixa pendentes”.
