Censo Demográfico 2010
Opiniao

Censo Demográfico 2010

11/02/12

Não podemos deixar de citar neste início do ano letivo de 2012, que os números do Censo Demográfico de 2010, que foram divulgados pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), o quanto nosso País se encontra atrasado no quesito educação e dói dizer, no ensino fundamental.
Embora a taxa de analfabetismo de jovens com mais de 15 anos tenha diminuído no ano anterior, de 13,6% para 9,6%, essa taxa demonstra que ainda continuam esses milhões de brasileiros com idade igual ou superior a 15 anos não sabendo ler, nem escrever, nem fazer as quatro operações de aritmética e isso é muito grave.
Comparando-se com o porcentual de analfabetismo no Brasil, entre pessoas dessa faixa, verifica-se que permanece acima dos níveis registrados pelo Banco Mundial e outros países pobres da África.
Segundo o Censo Demográfico de 2010, a parcela de crianças de 10 anos analfabetas diminuiu no ano passado de 11,4% para 6,5%, ainda alto e que preocupa.
Os números do Censo demonstram que o ensino fundamental não têm correspondido, revelando-se insatisfatório e os programas da redução do analfabetismo ainda estão longe dos resultados esperados.
Há uma grave preocupação que, apesar do nosso Brasil ter a oferta de matrículas no ensino fundamental, as crianças e jovens que não frequentam escola é muito extensa. Na faixa de 7 a 14 anos, a taxa foi de 3,1%. Na de 15 e 17 anos de 16,7%. No Sudeste a taxa de jovens fora da Escola é de 15%. No Centro – Oeste de 16,9% e na Região Norte de 18,7%.
Foi apontado um outro problema. Apesar do Brasil ter universalizado a oferta de matrículas no ensino fundamental, as taxas de crianças e jovens que faltam à escola é muito grande.
Censo Demográfico 2010 – pág. 2
Os números do Censo demonstram que o ensino fundamental não tem correspondido, revelando que não está satisfatório e que os programas da redução do analfabetismo, estão longe de oferecer os resultados esperados.
Ocorre que o governo desperdiçou tempo e dinheiro com a expansão da rede de universidades federais, e segundo consta, se tivessem dado mais atenção aos ensinos básico e médio a educação brasileira, não estaria abaixo dos padrões.
Apesar dos investimentos expandidos para a rede pública de ensino fundamental, o Brasil permanece sem manter parte das crianças e adolescentes em salas de aula, ou seja, as prioridades deveriam ter sido vistas na melhoria do ensino fundamental e do ensino médio, mas o governo desperdiçou com o aumento da rede de universidades federais e outros programas afins.

Israel Zekcer, vereador de Santo André, médico pediatra e alergista, deputado estadual de São Paulo por três gestões, Secretário de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo.