Cerveja Heineken tem queda nas vendas
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Cerveja Heineken tem queda nas vendas

Cenário econômico desfavorável no Brasil contribuiu para redução de 48,8% nos lucros da holandesa

A Heineken, terceira maior cervejaria do mundo, terminou o primeiro semestre de 2016 com queda de 48,8% nos lucros em comparação ao mesmo período do ano passado. O cenário econômico, com queda de renda das famílias, alta da inflação, aumento do desemprego e dos tributos, atingiu o setor de produção de cervejas no país. Segundo Didier Debrosse, presidente da Heineken Brasil, o segundo trimestre foi mais difícil, com queda do consumo e aumento do preço pelas cervejarias, o que acabou pesando sobre as vendas.
Ainda no segundo trimestre a Heineken enfrentou concorrência acirrada das marcas mais populares como Bavaria e Kaiser e, foi obrigada a elevar os preços para compensar parte do aumento de custos relativos à variação cambial, à inflação e ao aumento na carga tributária. Em junho, fechou sua fábrica em Feira de Santana (BA) e agora opera com cinco fábricas no país.
De acordo com dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal, a produção de cervejas caiu 2,4% em julho, em comparação ao mesmo mês de 2015 e, de janeiro a julho de 2016, a produção do setor caiu 2,2% em relação ao mesmo intervalo de 2015.
Para o segundo semestre, o Didier Debrosse espera melhores resultados nas vendas de Heineken e da Amstel. “O mercado de cerveja tem um desempenho alinhado com o PIB do país. Há uma perspectiva de melhora na economia daqui em diante”.