CHM de Santo André é referência em controle de infecções
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CHM de Santo André é referência em controle de infecções

O Centro Hospitalar Municipal de Santo André (CHMSA) Dr. Newton da Costa Brandão comemora os indicadores altamente positivos de controle de infecções. Em quase dois anos, o hospital praticamente zerou as taxas de infecção em sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica, local onde a iniciativa piloto se desenvolve. A Diretoria Geral do CHM aderiu ao programa Saúde em Nossas Mãos em agosto de 2021. O projeto faz parte do PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde), que foi criado em 2009 e envolve seis hospitais privados de ponta do país numa rede colaborativa voltada ao aprimoramento da assistência ofertada pelas unidades hospitalares públicas – o HCor (Hospital do Coração) é o tutor do Centro Hospitalar andreense.

“É muito relevante observar que o hospital, que passa pela maior modernização de sua história de mais de 110 anos, reduziu sensivelmente os índices de infecção, praticamente zerando a incidência na unidade piloto do projeto, a UTI Pediátrica. Isso se deve ao aprimoramento de condutas de segurança do paciente e à toda uma política de humanização, que leva em conta não só a estrutura mas a assistência cuidadosa à população”, destaca o secretário de Saúde, Gilvan Junior.

Por meio da inserção e manutenção dos dispositivos de sonda vesical de demora, cateter venoso central e incubação oro traqueal, o projeto visa diminuir em 30% a incidência de IRAS (Infecções Relacionadas à Saúde) e aumentar em 30% a prática da higiene de mãos, metas superadas pelo CHM. No caso do incentivo à técnica correta de higienização das mãos, a adesão saltou de 87%, em novembro de 2022, para 100%, em abril de 2023, em razão de orientações e auditorias in loco durante todas as trocas de plantão, além da ampliação do número de dispensadores de álcool gel beira leito.

Entre as principais infecções que se busca evitar, o hospital está há 367 dias (desde maio de 2022) sem PAV (Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica) e 534 dias (desde dezembro de 2021) sem ITU-AC (Infecção do Trato Urinário Associada ao Cateter Vesical de Demora). Após 636 dias sem IPCSL (Infecção Primária de Corrente Sanguínea Laboratorial), um caso foi registrado em maio deste ano, porém, atribuído a causas intrínsecas à condição do paciente.

“Hoje, nossos indicadores de infecções hospitalares, que já eram baixos na UTI Pediátrica, reduziram consideravelmente graças ao trabalho de uma equipe multiprofissional bastante engajada. O projeto, que se encerra agora em setembro, veio dar visibilidade a essas boas práticas de cuidado e o objetivo é ampliá-las para as demais UTIs. Sabemos que algumas condutas, embora necessárias, podem levar à infecção hospitalar, mas as técnicas corretas são cruciais nos momentos de atenção à saúde dos pacientes. Nossa CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) já está envolvida nesse processo”, adianta o diretor geral da Rede de Atenção Hospitalar de Santo André, Victor Chiavegato.

Foto: Comunicação/Rede de Atenção Hospitalar de Santo André