Cingapura, uma selva de pedra, luta pelo domínio da energia solar
Opiniao

Cingapura, uma selva de pedra, luta pelo domínio da energia solar

Aloysius Low, especialista em energia de Cingapura, nos mostra em artigo publicado no portal C/NET a luta de Cingapura pelo domínio da energia solar, com o propósito de elevar ao máximo a qualidade de vida e maximizar seu espaço vital único com a energia renovável. Como? Coletando a luz em telhados e transferindo-a para reservatórios. Assim, Cingapura faz tudo que pode para maximizar o seu espaço de vida único por intermédio da energia renovável.
Este artigo é parte de “luta pela energia”, uma série sobre as pessoas, organizações e países que transformam a forma como pensamos sobre a energia para melhor.
Quente, úmida, ensolarada e berço de uma população de 5,7 milhões de habitantes, Cingapura pode parecer o lugar ideal para a geração de energia solar, mas esse não é o caso.
Com apenas 720 quilômetros quadrados de área urbanizada e entupida com arranha-céus e apartamentos, a Cidade-Estado não dispõe de espaço para as fazendas solares que se encontram em países muito maiores. Em lugar disso, Cingapura ainda utiliza pesadamente combustíveis fósseis tais como o óleo combustível e gás natural para gerar os 48,6 Terawatt-horas (TWh) da eletricidade que eo país consumiu em 2017.
Uma grande parte serve para refrescar os moradores: o ar condicionado é responsável por 36 por cento do consumo de eletricidade residencial.
Ainda que a energia solar possa parecer algo como um sonho melancólico nessa ilha de terra escassa, o conselho habitacional, oficialmente denominado Singapore’s Energy Market Authority, fixou a meta gerar o pico de 1 gigawatt (GWp) depois de 2020, que diz se considera o volume de energia suficiente para abastecer 200 mil apartamentos de 4 cômodos anualmente.  
Nos telhados e reservatórios
Com a terceira mais elevada densidade populacional – maior do que a de Hong-Kong — Cingapura confia em um sistema habitacional acessível e uniforme para atender a massa da população. Ao contrário de arranha-céus únicos nos centros de negócios, estes edifícios ostentam telhados lisos, ideais para a instalação de painéis solares.
Em 2010, o conselho habitacional implementou um plano de cinco anos de cerca de US $23 milhões, para a instalação dos painéis solares, que já viu mais de 1.898 instalações em toda a ilha. Pode não parecer muito, mas estas instalações geram cerca de 143 megawatt de pico (MWp) de eletricidade, suficiente para abastecer cerca de 28.600 casas.