O ex-prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PSD), assumiu como secretário de Saúde de Ribeirão, na segunda (11), conforme publicação no Diário Oficial.
Volpi havia ensaiado uma pré-candidatura a prefeito de Mauá, enquanto ainda estava filiado ao PL, mas anunciou a desistência no início de dezembro. “Perdi o PL. O PL me foi retirado e foi encaminhado para outro candidato (Sargento Simões). Depois que o PL me abandonou, me senti muito humilhado e muito triste, triste de fato”, disse em vídeo publicado em suas redes sociais. Também anunciou apoio a pré-candidatura do presidente da Fundação Casa, João Veríssimo, o Juiz João.
Deixou o comando da pasta, Audrei Rocha, que já havia sido secretário de Saúde na gestão de Clovis e foi mantido quando Guto assumiu o comando da Prefeitura, em janeiro último. Confira entrevista exclusiva com Volpi.
Folha- O sr. assumiu, na última semana, como secretário de Saúde de Ribeirão Pires. Como recebeu essa nova missão e qual o direcionamento que pretende dar à secretária?
Clovis Volpi- Ter sido chamado para ser secretário de Saúde em Ribeirão Pires há duas apostas, que sempre fiz. Primeiro, é uma secretaria extremamente difícil de cuidar e que a minha função não é absolutamente técnica, ela é de gestão. Estávamos tendo alguns problemas de gestão dentro da secretaria, o prefeito tentava conciliar essa gestão com o trabalho que vinha sendo feito e de 0 a 10, uma nota 8 com certeza de atendimento ao público, mas do que diz respeito a gestão interna, muita dificuldade para lidar com os profissionais, com a equipe e isso vinha acarretando um certo desconforto entre todos.
Vim para consertar esse lado, porque a questão técnica, média, os profissionais que estão dirigindo as UBS, as Upas, o hospital são extremamente capacitados e não há problemas quer de gestão interna nesses lugares.
Pretendemos dinamizar esses serviços, aprimorar, fazer muito mais do que tem sido feito. Fica um pouco difícil por conta das condições econômicas que a cidade tem. Não é uma cidade que arrecada bilhões. Ela arrecada hoje, se considerarmos a renda per capita por cidadão, chega perto de R$ 2 mil, o que transforma essa cidade em pobre e temos que ter muito cuidado para lidar com as finanças da cidade para que não acarrete um aumento de dívida, de problemas técnicos e econômicos junto ao Tribunal de Contas.
Portanto, a minha função vai ser a de manter os serviços ao nível em que está sendo hoje prestado à comunidade, melhorar a questão de alguns insumos, controlar o orçamento no ano eleitoral com muita rigidez para que ele não acarrete problemas junto ao Tribunal de Contas e assim tocar a Saúde. O grande desafio nosso é a transferência do hospital São Lucas para o novo hospital que nós estamos concluindo e esse vai ser, talvez, o maior desafio que devo encontrar daqui para frente. De qualquer forma, isso vale a pena porque é um serviço na saúde, que nos mantém com sentimento de servir a população e que é um governo de gostar de gente.
Folha- Nas eleições de 2024, o sr. irá atuar na reeleição do prefeito Guto Volpi e na consolidação da pré-candidatura do Juiz João?
Volpi- A minha função tem dois aspectos, primeiro o de pai, com a experiência que passei por aqui em várias eleições, depois, a de aglutinar um número significativo de partidos para que possamos ter um contingente de candidatos a vereadores na rua que deem sustentação à campanha que o Guto vai fazer, fazendo com que essas propostas novas que ele vai fazer e são muitas. É um Plano de Governo compatível com a nossa economia para quatro anos. Então, a nossa função aqui, é de ajudar a organizar a campanha.
Agora, particularmente, e me isentando da questão de pai, o Guto tem sido uma pessoa extremamente competente com muitas realizações. Ele está liderando um grupo muito bom de secretários, de pessoas que trabalham junto com ele, que gostam deste nível de pressa que ele tem de inaugurar coisas. Ele está, hoje, acima da média dos prefeitos que passaram por Ribeirão Pires, inclusive com a minha passagem por aqui. Ele de fato é muito bom.
Com relação ao Juiz João, eu estou no PSD e todas as vezes que puder estar presente na campanha dele em Mauá, estarei com muito prazer. Até porque foi ele quem me entronizou ao PSD, foi ele quem conversou com o Kassab, embora tivesse uma amizade com o Kassab. Fui deputado estadual e federal, junto com ele. O visitei quando ele era prefeito, vice-prefeito, enfim, o Kassab faz parte do meu histórico político no mesmo período em que atuava e outras áreas em que não o Executivo municipal, mas o João merece o meu respeito, acho que ele é uma pessoa extremamente capacitada, de bom senso. Acho que para Mauá, também tenho consciência disso, dos fatos que vêm acontecendo na política de Mauá, ele é um excelente nome para governar a cidade e começar a projeção e o replanejamento da cidade para os próximos 20, 30 anos.
Será a minha contribuição se eu tiver, pelo menos, 1% das pessoas que gostavam e que aderiram a minha pré-campanha por lá e puderem, também, entenderem e compreenderem esta minha decisão.
