Com Alckmin, Mauá promove Fórum sobre o desenvolvimento da cidade
Política

Com Alckmin, Mauá promove Fórum sobre o desenvolvimento da cidade

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), esteve em Mauá, na terça (22), para o lançamento do Fórum Mauá 2023-2033 – “Uma década de Transformação”. Trata-se da terceira visita de Alckmin ao ABC, desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O Fórum, com a presença do governo federal, para nós, é fundamental para pensar a cidade com essa tecla da transformação. São 10 anos que, hoje, Mauá está um canteiro de obras, mas precisamos avançar”, destacou o prefeito Marcelo de Oliveira (PT).

O prefeito também ressaltou, em seu discurso, os recursos que Mauá tem recebido. “Temos um potencial muito grande e o governo federal tem olhado com muito carinho para nós. Em oito meses de mandato do presidente Lula, o governo federal tem nos ajudado com mais de R$ 100 milhões destravando projetos”, disse.

Segundo Oliveira, deste total, são R$ 16 milhões por meio do PAC Encosta para a viabilização de uma via paralela à Av. Antônia Rosa Fioravanti para melhorar a mobilidade urbana. “Destravamos, também, o PAC para a área do Chafic, são R$ 79 milhões de investimento para urbanização e regularização da área do Zaíra. Também destaco o ‘Mais Médicos’, que chegou em Mauá. São 16 médicos, ainda faltam 11”, revelou.

Na ocasião, Alckmin relembrou que as prioridades do governo Lula, ditas durante a campanha, estão avançando. “O presidente Lula destacou, desde a campanha, desenvolvimento inclusivo, com estabilidade e previsibilidade e desenvolvimento com sustentabilidade. Temos a volta do Minha Casa Minha Vida. Em São Paulo, tivemos a volta de mais de 600 médicos do ‘Mais Médicos’, no primeiro semestre. Ampliamos a Farmácia Popular, as creches, o ensino infantil, a escola de tempo integral. Desenvolvimento inclusivo, salário mínimo com ganho real, já no primeiro ano de mandato. Ele está sendo rigorosamente fiel ao que falou durante a campanha”, disse.

O presidente em exercício discorreu sobre eficiência econômica para fazer a economia crescer e gerar mais emprego e renda. “O Brasil era o quinto país receptor de investimentos direto no mundo, hoje já é o segundo”, frisou.

Na avaliação de Alckmin, o “tripé” que rege a economia está apresentando resultados satisfatórios. “O câmbio está competitivo, o imposto está ainda elevado, mas será simplificado com a Reforma Tributária, e os juros já caíram 0,5% e há perspectiva de mais queda”, ponderou.

Alckmin também destacou a questão da sustentabilidade e revelou que Lula irá lançar, nos próximos dias, um projeto de lei para regular a emissão de carbono no País. “A pergunta que se fazia antes era: ‘onde fabrico bem e barato?’, hoje é: ‘onde fabrico bem, barato e emito menos carbono?’, afirmou. Ainda repetiu a informação dita, meses atrás, na primeira visita ao ABC, em São Bernardo, durante a 5ª edição do Fórum Paulista de Desenvolvimento (FOPA), ou seja, de que atualmente, o mundo depende de três florestas tropicais: a Amazônia no Brasil, a da Indonésia e a da República do Congo, na África.

Reforma Tributária

O presidente em exercício voltou a defender a Reforma Tributária. “O sistema de impostos brasileiro é muito ruim. Temos que simplificá-lo e a Reforma Tributária vem para isso. Ela vai gerar mais emprego e renda porque irá atrair mais investimentos”, avaliou.

Alckmin citou o processo de desindustrialização nacional. “Tivemos no Brasil uma desindustrialização precoce e acentuada. A indústria que participava com 30% do PIB, hoje, é 11% do PIB, mas por que podemos ter confiança de que vamos ter uma recuperação? A Reforma Tributária é essencial. A indústria está super tributada. Então, teremos a simplificação tributária, desoneração completa de investimentos, desoneração completa de exportação. Então, a Reforma Tributária faz a diferença, ela traz eficiência econômica”, enfatizou.

Transição Energética

À Folha, o presidente em exercício falou sobre a transição energética, que deverá avançar mais nos próximos meses no País. “Vamos ter uma transição energética. Isso não é em 24 horas é uma transição energética e vamos ter várias rotas tecnológicas, etanol, híbrido etanol com elétrico, vamos ter por um bom tempo combustão. Então, é uma transição energética, que o mundo vai fazer. Agora, a diferença do Brasil é a sustentabilidade. O mundo depende da floresta Amazônica. Ela é fundamental”, comentou.

Alckmin ainda citou um exemplo sobre a gravidade do desmatamento. “Quando somamos o escapamento do carro, do trem, do ônibus e da motocicleta, do avião, do navio, do esgoto, do lixão, do boi, das indústrias, se juntar tudo é 58%. 50% é só desmatamento. Um hectare de mata derrubada e queimada emite 300 toneladas de carbono. Então, a primeira medida foi segurar o desmatamento e o desmatamento na Amazônia não era feito por agricultores e sim por grileiros de terra. Já caiu mais de 50%. Então, o Brasil vai ser um dos grandes protagonistas desse novo momento que o mundo precisa de descarbonização e combater as mudanças climáticas e vai atrair muitos investimentos”, destacou.

Na avaliação do vice-presidente, o Brasil poderá ser o primeiro no mundo a receber investimentos estrangeiros diretos. “Hoje, só perdemos para os Estados Unidos”, disse.

Também estiveram presentes no evento os deputados estaduais Luiz Fernando (PT), Rômulo Fernandes (PT), o ex-prefeito Oswaldo Dias (PT), o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, entre outros.