Como enfrentar riscos cibernéticos na Rio-2016?
Opiniao

Como enfrentar riscos cibernéticos na Rio-2016?

O Brasil não está despreparado para enfrentar os riscos de ataques cibernéticos que podem ocorrer durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Para Eduardo Souza, country manager da Symantec no Brasil, “foi montado um verdadeiro exército invisível, e assim deve permanecer, reunindo experientes profissionais responsáveis pela organização das Olimpíadas do Rio e diversos fornecedores capacitados de TI e segurança da informação (SI)”. Vale a pena rever as questões fundamentais que estão em jogo. Os números previstos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 são grandiosos e impressionam qualquer cidadão do mundo. Só para dar uma ideia, serão mais de 15 mil atletas de 204 países, 10 mil integrantes das delegações, cerca de 70 mil voluntários e mais de 32 mil profissionais de imprensa. Todos passarão pelo Rio de Janeiro em agosto e setembro do ano que vem.
Cerca de 4,8 bilhões de pessoas acompanharão pela TV ao redor da Terra tudo o que aconteça ao longo dos 17 dias, somente dos Jogos Olímpicos. Agora, o que não dá para imaginar é a quantidade de dados que trafegará pelos mais variados meios de comunicação, desde o rádio até as mídias sociais, passando pela TV e Internet. Sem dúvida, será um volume impressionante.
A pergunta que todos fazem é esta: Como garantir a segurança da informação dessa imensidão de dados? A Symantec, que é a fornecedora oficial de softwares de segurança da informação dos Jogos Olímpicos Rio 2016, espera um aumento de 300% nas tentativas de ataques cibernéticos no período das competições, se comparadas aos Jogos de Londres. E os motivos são diversos: vão da motivação política à fraude financeira, e podem causar impactos na própria dinâmica do evento.
Nesse sentido, é importante ressaltar que não haverá tempo para corrigir eventuais problemas críticos sem manchar a imagem de toda a organização. Por isso, o Eduardo Souza conta que foi montado um verdadeiro exército invisível, e assim deve permanecer, reunindo experientes profissionais responsáveis pela organização dos Jogos e diversos fornecedores capacitados de TI e SI. Esse time tem o papel crucial de preservar a imagem da Rio 2016.
E como isso será feito, no evento de maior visibilidade do planeta?
Segundo o Eduardo Souza, a abordagem de proteção é proativa e passa por três pilares da Symantec: Threat Protection (proteção contra ameaças), Information Protection (proteção da informação) e Unified Security Platform (plataforma de segurança unificada). O ambiente é construído com redundância de fire-walls, de diferentes fornecedores, para registrar o máximo possível de ameaças; correção frequente de vulnerabilidades, assim que os patches são divulgados pelas fabricantes; blindagem de servidores e monitoramento 24 horas por dia dos eventos gerados pelas diversas soluções de segurança.
São três as principais ameaças destacadas por ele: hacktivismo, ou ativismo cibernético; ganhos finan-ceiros, associado a fraudes na venda de ingressos; e infraestrutura, que é a entrada na rede de máquinas contaminadas por algum dos usuários.
Mesmo com todo o aparato técnico, Eduardo alerta que segurança da informação não funciona sem colaboração. Essa é uma das peças-chave para o sucesso dos Jogos.
Por mais que se estudem os procedimentos em jogos anteriores, não existe uma fórmula pronta para evento de tamanho porte. As ameaças estão cada vez mais sofisticadas e se multiplicam dia a dia. “Por isso, tudo o que faremos em termos de segurança da informação na Rio-2016 terá um componente inédito”, afirma.
Os resultados alcançados com a gestão desse complexo ambiente deixarão um legado para a tecnologia da informação e comunicação como um todo, tanto para empresas, de qualquer porte, quanto para administrações públicas com foco em cidades inteligentes.
Isto é o que todos esperamos!