Consórcio ABC quer Instituto Federal e retomar o Conselho Metropolitano
Política

Consórcio ABC quer Instituto Federal e retomar o Conselho Metropolitano

A Assembleia Geral do Consórcio Intermunicipal do ABC debateu, na terça (11), demandas regionais para a retomada do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo.

A entidade regional pleiteia, desde o início do ano, a reativação do comitê composto pelos 39 municípios da Grande São Paulo e pelo Governo do Estado. O Conselho de Desenvolvimento não se reúne desde a morte de seu último presidente, Bruno Covas (1980-2021), então prefeito da Capital.

Para tratar da retomada, o Consórcio ABC articulou uma agenda entre os cinco consórcios públicos da Região Metropolitana de São Paulo e o prefeito da Capital, Ricardo Nunes, prevista para este mês.

Além do Consórcio ABC, a Grande São Paulo conta com o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto do Tietê (Condemat), o Consórcio Intermunicipal da Região Oeste (Cioeste), o Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Bacia do Juqueri (Cimbaju) e o Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo (Conisud).

O presidente do Consórcio ABC e prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, ressaltou que o objetivo da agenda é alinhar demandas para apresentar ao Governo do Estado. O encontro é uma preparação para a reunião entre todos os 39 municípios da Região Metropolitana com o governador Tarcísio de Freitas.

“Queremos discutir em conjunto temas comuns na nossa região metropolitana, especialmente as demandas do ABC. Vamos dar encaminhamento a pautas de interesse comum dos municípios junto ao Governo do Estado, incluindo mobilidade urbana, habitação, saneamento, saúde, segurança, desenvolvimento econômico e social, entre outros”, afirmou.

O Consórcio ABC já liderou o Conselho Metropolitano. Em 2016, o então presidente do Consórcio ABC e prefeito de São Bernardo, Luz Marinho, presidiu o comitê entre maio e dezembro. Foi a primeira vez que uma cidade distinta da Capital assumiu a liderança do grupo.

Instituto Federal do ABC

A instalação de uma unidade Instituto Federal (IF) do ABC também  integrou a pauta da assembleia dos prefeitos.

A proposta foi apresentada por representantes do Movimento Pró-criação do Instituto Federal do ABC, entidade da sociedade civil que milita em favor da implementação da unidade de ensino público na região.

Coordenadores do movimento, Marineide Gomes, Mirna Busse e José Amilton de Souza trouxeram estudos de demanda e potencial econômico para instalação do IF no ABC.

O objetivo do grupo é a criação de um instituto federal autônomo que possa atender a todas as necessidades do ABC. A reinvindicação existe desde 2013 e contempla a demanda de empresas e sindicatos por ensino técnico e integral nas unidades.

Os IFs são entidades de ensino associadas ao Governo Federal voltadas para a educação profissional, científica e tecnológica. Como cada unidade é constituída por uma rede de campus, um único IF pode ser responsável pela administração de diversas unidades de ensino. É o caso do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), que conta com 37 campi espalhados pelo estado.

O Movimento Pró IF-ABC defende a criação de uma unidade própria no ABC, com autarquia e reitoria próprias e atuação autônoma. Desta forma, a instituição será diferenciada pedagogicamente, seguindo demandas específicas da região.

Entre os benefícios do equipamento para a região, o presidente do Consórcio ABC e prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, destacou a especialização da mão de obra por meio de uma unidade de ensino pública e gratuita.

“Existe uma demanda grande das empresas da nossa região por trabalhadores com curso profissionalizante ou técnico. Temos muitas pessoas formadas em faculdades de várias profissões, mas existe uma demanda por cursos técnicos. Diante disso, o Instituto Federal vai ajudar muito a nossa região”, afirmou.