Construção do Hospital de Urgência de São Bernardo começa em agosto
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Construção do Hospital de Urgência de São Bernardo começa em agosto

 Em substituição ao Hospital e Pronto-Socorro Central (HPSC), a Prefeitura irá construir um novo hospital para o atendimento de urgências e emergências do município. As obras do Hospital de Urgência (HU) deverão ter início em agosto e serão custeadas integralmente com recursos de empréstimo contraído junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O anúncio foi feito pelo prefeito Luiz Marinho, na quarta (18) em solenidade realizada no Teatro Cacilda Becker.

A secretária de Saúde, Odete Gialdi, fez uma apresentação sobre o projeto arquitetônico do HU, ressaltando que a construção desse novo hospital é necessária porque o HPSC é um prédio com mais de 43 anos, que não comporta mais ampliações ou adequações em sua estrutura.

 Em 2010, a atual administração promoveu reforma no PS Central, que incluiu pintura externa e interna, troca de piso, substituição de equipamentos e móveis, ampliação do número de leitos e uma série de outras adaptações para melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde e de conforto aos pacientes e familiares. “Entretanto, não há mais como melhorar as condições do PS. O hospital não tem centro cirúrgico, os espaços são pequenos, a rede elétrica é muito antiga, enfim, só um novo prédio poderá qualificar o atendimento de urgência e emergência”, afirmou Odete, lembrando que o HPSC é a unidade hospitalar que recebe a maior demanda de usuários da cidade, cerca de 900 pessoas por dia.

O novo hospital será erguido na área contígua ao atual HPSC, em terreno delimitado pelas ruas Joaquim Nabuco, Secondo Modolin e Cacilda da Cruz Ferreira. A entrada principal será pela Rua Joaquim Nabuco e as ambulâncias terão acesso pela Rua Secondo Modolin. O novo prédio terá 17.500 m2 de área construída, enquanto o atual edifício do PS tem apenas 5 mil m2.  Além disso, o projeto prevê a construção de uma praça que irá acomodar adequadamente o ponto de ônibus e a área reservada aos táxis.

A secretária de Saúde explicou que o PS Central continuará funcionando normalmente durante o período de obras. A primeira etapa será a demolição do imóvel que fica na Rua Joaquim Nabuco, hoje ocupado por uma base do SAMU e pelo Serviço de Transporte Sanitário. Quando o novo prédio estiver concluído, todos os serviços do atual HPSC serão transferidos para lá. O atual prédio do PS Central, por sua vez, provavelmente abrigará a sede administrativa da Secretaria de Saúde.

A Prefeitura irá abrir uma licitação pública internacional em 1º de julho e, caso não ocorram recursos no processo licitatório, a previsão é que as obras comecem já em agosto, com prazo de conclusão estimado em 24 meses.

O projeto do HU prevê a construção de um edifício de sete pavimentos (térreo mais seis andares), além de um prédio auxiliar para abrigar uma base do SAMU. Contará ainda com três salas cirúrgicas e um total de 226 leitos de internação, sendo 20 de UTI adulto e 10 de UTI pediátrica. O pronto atendimento do novo hospital terá ainda 40 poltronas.  Segundo Odete Gialdi, o número de leitos do novo hospital será 46% superior à capacidade atual do HPSC.

O prefeito Luiz Marinho ressaltou que a construção do Hospital de Urgência e posteriormente do Hospital da Mulher são as últimas demandas pendentes do Orçamento Participativo. “Lembro que entre 2009 e 2011, a grita geral da população referia-se aos problemas da área da saúde. Nossa adminstração encontrou uma rede de saúde que era uma vergonha, horrorosa, com prédios caindo aos pedaços, sem condições de atender decentemente a população”, disse Marinho.

 O empréstimo com o BID no valor de 59 milhões de dólares foi assinado pelo prefeito, na terça (17), em Brasília, e envolve não só a construção do HU, como a construção do Hospital da Mulher, que substituirá o atual Hospital Municipal Universitário (HMU), e a conclusão do processo de informatização de toda a rede pública de saúde. Para a construção e compra de equipamentos para o HU serão investidos 38,9 milhões de dólares (cerca de 136 milhões de reais), com recursos integrais do BID. Já para o Hospital da Mulher e a informatização estão previstas contrapartidas do município, que também buscará recursos junto aos governos estadual e federal.