Crescimento frustrante
Opiniao

Crescimento frustrante

05/01/12

No inicio de 2012 foi anunciado pelo ministro da Fazenda a previsão do crescimento de 5% do PIB, contudo o resultado anunciado será o frustrante crescimento de 1%, ou até menos, o menor entre todos os países da America Latina. O menor crescimento e o resultado da retração do investimento ao longo de todo o ano e inflação muito alta de 5,5%, se comparada com a baixa demanda agregada pela falta dos investimentos, é conseqüência da prioridade do governo em manter em alta os programas sociais que lhe mantém a expressiva aprovação popular, em detrimento da gestão voltada às obras de infraestrutura, tais como, aeroportos, portos, usinas elétricas e estradas, que o Brasil tanto necessita e com urgência. Sem este programa a nossa competitividade frente aos outros paises fica reduzida. A prova disso é só fazer uma comparação com o crescimento do PIB dos países emergentes. A preferência foi a de manter a invejável taxa de desemprego e a economia interna aquecida, através das reduções de impostos, desonerações de folhas de pagamento e a baixa da taxa de juros, fatores estes que estimulam a economia interna e alta popular.  Talvez tenha faltado iniciativa ou mesmo melhor gestão ao planejamento anterior, no inicio do governo Dilma, para equacionar ambas políticas governamentais para o crescimento previsto, ou seja, manutenção do consumo interno e forte ênfase em investimentos. Contudo mesmo que assim fosse equacionado, dizem os analistas de plantão, que os grandes investimentos em infraestrutura no país estão empacados mais por problemas burocráticos e de gestão do que por falta de dinheiro. A revista “Exame” publicou que de 135 empreendimentos do PAC, as obras encontram-se, em média, quatro anos atrasadas e só 7% delas foram concluídas. Foram muitas medidas no Varejo e poucos resultados no Atacado e que renderam inúmeras criticas ao governo sobre gestão e política econômica. Fica o desafio para 2013 para a recuperação da variação negativa do valor dos Investimentos não realizados no primeiro biênio do governo Dilma, porém a certeza de que as medidas populares deverão ser mantidas com forte ênfase em 2013, com vistas é claro, ao “iluminado” ano de 2014. Um ótimo 2013 a todos os leitores!

Cassio José Suozzi de Mello é contador,economista, advogado e  diretor da Smaud- Suozzi Mello Auditoria e Perícias Contábeis.