Criança é sugada por ralo de piscina em S.Caetano
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Criança é sugada por ralo de piscina em S.Caetano

Menino de 7 anos brincava após aula de natação em piscina municipal do Conjunto Aquático Leonardo Sperate

Um menino de 7 anos foi sugado por um ralo da piscina do Conjunto Aquático Leonardo Sperate, em São Caetano, durante a aula de natação, na quinta (12). Segundo os pais do garoto, o local não tinha supervisão de adultos. Já a Prefeitura da cidade diz que a piscina segue as normas de segurança. A criança ainda está na UTI do Hospital Beneficência Portuguesa, mas se recupera bem e o hematoma do peito, causado pelo acidente, está se regenerando. “Ele é forte e saudável”, diz Erika Gil Allegretti, mãe do menino.
Segundo Erika, o marido dela, Winifred Kulesis Allegretti, estava no local acompanhando a aula dos filhos gêmeos, que praticam o esporte no conjunto de piscinas desde março. “Meus filhos contaram que, faltando 10 minutos para acabar a aula, a professora deu um tempo livre para as crianças brincarem, deixando-as sozinhas. Eles brincavam com umas placas de EVA e, quando meu filho pisou em uma delas, escorregou para o fundo da piscina, sendo sugado na hora pelo ralo aberto, com a bomba ligada”.
Percebendo o incidente, o irmão gêmeo do menino tentou puxá-lo para cima e buscar socorro. “Ele tirou os óculos e a touca dele, quando ele fechou os olhos e bateu no rosto dele, começou a sair bolhas da boca. Foi quando ele saiu da piscina e correu para chamar meu marido, e uma amiguinha foi para chamar a professora, aí algumas pessoas chegaram para ajudar a tirar ele da água”, comenta Erika, completando que o SAMU chegou rápido ao local para socorrê-lo.
O menino contou à mãe que segurou o ar até quando ele conseguiu, e depois desmaiou. “Só conseguiram tirar ele depois do desligamento da bomba e a reanimação foi feita na borda da piscina. Ele ficou cerca de 2 minutos embaixo d’água. A sorte é que eles estão acostumados com água e sempre fizeram exercícios para prender a respiração”.
“A mensagem mais importante que eu gostaria de passar é que eu quero que as pessoas no geral repensem suas atividades, seus gestos e exerçam suas tarefas com mais atenção e zelo, principalmente quem cuida de crianças. Se as pessoas tivessem sido mais atentas e mais zelosas, esse acidente horrível teria sido evitado. Houve falta de zelo da professora aos deixar as crianças sozinhas, da pessoa que liga a bomba e não teve o zelo de desligar, do administrador das piscinas de não fiscalizar, tudo isso quase custou uma vida de 7 anos”, desabafa Erika.
Em nota, a Prefeitura da cidade afirmou que, no momento do acidente, os alunos contavam com a assistência de diversos professores e monitores aquáticos, e que o Conjunto Aquático está adequado a todos os padrões técnicos e de segurança. Já os pais do garoto afirmam que não havia supervisão de adultos. “Nós autorizamos a visita do Prefeito Paulo Pinheiro ao meu filho, e ele contou o ocorrido, explicou que a professora os deixou sozinhos e que o ralo estava aberto. Fico indignada que eles afirmem por meio de nota que as crianças não estavam sozinhas. Sejam honestos e arquem com seus erros, é o mínimo diante dessa situação”, diz Erika. Outros pais de crianças que fazem natação nas piscinas do Conjunto estão preocupados com a situação. “Tenho um filho que faz natação lá duas vezes na semana e isso me deixou extremamente preocupada, já que poderia ter sido o filho de qualquer um. Precisamos ficar atentos e cobrar explicações, já que, pelo que meu marido apurou, a bomba não poderia ficar ligada durante as aulas”, comenta Daniela Varela, que vem alertando pais de outras crianças que praticam o esporte no local.