Crônicas da Liderança
Opiniao

Crônicas da Liderança

Num forte dia de chuva o trânsito estava caótico. Naquela cidade grande o estresse tomava conta do pessoal e os carros não paravam de buzinar. Pessoas estavam atrasadas para o trabalho e não conseguiam deixar seus filhos nas escolas. Por causa do  temporal, uma árvore caiu na principal avenida atrapalhando todo o tráfego. Como aquele grosso tronco sairia dali em meio a um temporal? Eis que um menino abandona o banco de trás de um carro e sai em direção ao tronco que estava atravessado na pista. O pai protesta: “Onde você vai nesse toró?” O menino sequer respondeu e, em instantes, o garoto estava todo ensopado a fazer a maior força do mundo para remover a árvore, mas não tinha forças, claro. Chegou um segundo rapaz, o tronco não saiu; veio o terceiro, a tora permaneceu; uns dez homens ainda não foram suficiente, mas agora quanto mais força, mais movimento. Logo, uma porção de gente foi responsável por tirar a árvore da estrada e diminuir o risco de uma  iminente bagunça urbana em que o líder foi um garoto.

O calor do dia sugava a energia dos presentes depois de dançarem horas a fio virando a madrugada numa festa rave. Mas um rapaz continuava a bailar na coragem de sua solidão. Como um imã, a energia que o moço passava no ambiente, contagiou um folião que se uniu a ele, logo após, já havia outro dançando com estilo próprio. Em pouco tempo um mosaico de seres humanos se mexiam em movimentos aleatórios, e a brincadeira ferveu,  pois chegavam cada vez mais gente. No fim da música todos bateram palma em agradecimento àquele momento e o rapaz que, de início bailava só, levou créditos

Uma corrida de 500 metros rasos com barreira. Ao primeiro tiro, todos os atletas dispararam em velocidade e, a cada cavalete saltado, a resistência dos atletas diminuía, porém, eis que, no último obstáculo, um dos competidores vai ao chão. O mal jeito com que cai, faz com que não consiga mais correr, pois torce o tornozelo. O primeiro corredor que estava na ponta prestes a cruzar a linha de chegada percebe algo estranho e olha pra trás. Não era um rival, e sim um ser humano. Ele, então, vai ao encontro do amigo caído a fim de ajudá-lo e o ato solidário fez com que os outros competidores também o ajudasse. Naquele dia não houve um campeão, pois todos, de mãos dadas, numa corrente que unia corações, cruzaram a linha de chegada. O primeiro a ajudar motivou os outros.

Frase: “Não dê as costas ao sol, pois verás as sombras” provérbio chinês.