Custo para abrir empresa nos EUA varia de U$450 a U$1.200
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Custo para abrir empresa nos EUA varia de U$450 a U$1.200

Não é de hoje que a terra das oportunidades atrai a atenção dos brasileiros. Seja para passear, comprar ou trabalhar, todos um dia sonham em conhecer os Estados Unidos. Há quem vá mais longe, e decida se mudar de vez para o país e até mesmo abrir uma empresa. Afinal, o rendimento é em dólar.

De acordo com o advogado Daniel Toledo, especializado em direito de imigração e diretor da Loyalty, consultoria que atua há 11 anos no segmento de obtenção de vistos e transferências de executivos, todos podem conquistar esse sonho, desde que haja planejamento e que se leve em consideração as regras do departamento de imigração do país. “A equipe realiza, em média, cinco atendimentos por dia. Só em 2016, totalizamos mais de 150 processos. Além das palestras explicativas que foram nove, sendo que cada contou com mais de 300 expectadores”, destaca.

Diferente do que a maioria pensa e lê nas redes sociais, os novos decretos do presidente Donald Trump não irão interferir de forma negativa. “Ele é um homem de negócios e quer fazer com que a economia cresça para gerar ainda mais empregos”, afirma Daniel.

Para a abertura da empresa são necessários o passaporte, comprovante de endereço e um objeto social definido, porém vale lembrar que somente esses itens não garantem ao gestor o direito de permanência no país. “Qualquer pessoa pode abrir um negócio nos Estados Unidos e em qualquer estado. Mas se o objetivo for o visto, é necessário a ajuda de um advogado, recomenda Toledo.

O custo para a abertura da empresa varia um pouco. As que possuem foco no varejo custam em torno de U$450 a U$1.200. “Para quem busca um visto L1, por exemplo, é obrigatória a abertura de uma filial ou coligada da sede no Brasil. Para os demais vistos, analisamos o perfil do cliente para definir a escolha”, destaca Daniel.

Cada estado tem suas próprias regras, mas que em geral, são muito semelhantes. Por isso, o ideal é começar no lugar em que o empresário tenha maior afinidade para residir e se adaptar, uma vez que não há variações tributárias tão grandes que justifiquem o desconforto pessoal.

Logo no primeiro ano de atividade, a obtenção de empréstimo bancário pode ser um pouco desafiador, mas ao passar do tempo, é possível conseguir capital de giro com instituições financeiras. As linhas de crédito cresceram 22% em dois meses e a expectativa é que aumente em mais 12% até junho. “Há clientes que possuem 250 mil, 750 mil dólares e até 2.5 milhões à disposição para comercializarem seus produtos no maior mercado consumista do mundo, o que gera receita em dólar oriunda de um país estável”, explica o advogado.

Antes de almejar a permanência no país, é preciso planejar como será a estrutura dessa empresa. “Afinal, é ela que será o suporte financeiro da família e do visto de seu diretor”, conclui.