Após quatro meses em alta, a taxa de desemprego no ABC permaneceu estável, passando de 16,7 % em março, para 16,6% em abril. Segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, a estabilidade se deve aos 23 mil postos de trabalhos gerados pelo setor de Serviços e aos 4 mil postos gerados pelo Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas. Em abril deste ano, o número de assalariados permaneceu estável. No setor privado, houve pequeno aumento de empregados sem carteira de trabalho assinada. No setor público, o número de assalariados diminuiu 1,1%. No entanto, o número de desempregados foi em torno de 233 mil e, em comparação a abril de 2015, a taxa de desemprego aumentou 4,5%. Segundo o economista do Dieese, César Andaku, “esta relativa estabilidade é peculiar desta época, é prematuro falar em retomada da economia”.
Nos últimos 12 meses, 63 mil pessoas ficaram desempregadas no ABC, como resultado da retração de 5,4% do nível de ocupação e, o nível de assalariamento caiu 6,8%. No setor privado, houve queda no número de assalariados com carteira, 4,8% e sem carteira, 9,3%. No setor público houve recuo de 19,4%. Já no número de autônomos houve um crescimento de 4,9%. Segundo César, “considerando toda a Região Metropolitana de São Paulo, nos últimos 12 meses houve uma perda no poder de compra de R$ 23,9 bilhões”.
