A data mais romântica do varejo, o Dia dos Namorados deverá levar 100 milhões de brasileiros às compras, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil. O movimento é 8% maior do que o registrado em 2022.
Em relação às vendas, as associações comerciais e industriais do ABC esperam alta de até 12% em comparação ao ano passado. De acordo com o presidente da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo do Campo), Valter Moura Júnior, o cenário está positivo para o comércio. “A data é importante no calendário do varejo, fica atrás apenas do Natal, e anima alguns setores como o de bares e restaurantes. Também há otimismo entre os lojistas e esperamos que as expectativas se confirmem porque a economia precisa deslanchar”, afirma Moura.
Segundo o presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Pedro Cia, os presentes mais procurados deverão ser vestuário, calçados, perfumaria, acessórios, flores e chocolates, além de um fluxo maior de clientes nos restaurantes da região.
De acordo com a Acisbec, a data vem reforçada com a onda de frio característica da estação e que ajuda a aquecer as vendas, especialmente o setor de vestuário e calçados, que tradicionalmente são os segmentos de preferência dos consumidores.
Apesar da expectativa de alta nas vendas, a região do ABC deverá movimentar R$ 67 milhões neste Dia dos Namorados. O valor representa um declínio de pouco menos de 3% em relação ao ano passado, segundo Pesquisa de Intenção de Compras (PIC) da Universidade Metodista de São Paulo.
Preço – A Pesquisa de Intenção de Compras revela que o preço médio que consumidores da região do ABC estão dispostos a desembolsar pelo presente de Dia dos Namorados é de R$ 223. Comparado com os R$ 208 registrados no ano passado, houve aumento nominal de 6,8%.
Já em relação aos gastos planejados (restaurantes e passeios) para a data, os entrevistados pretendem desembolsar R$ 256. Em comparação com 2022, quando o gasto planejado foi de R$ 270,30, houve queda nominal de 5,1%. Considerando a inflação até abril, a queda real foi de aproximadamente 8,5%.
Vendas – Segundo o professor de marketing de vendas da ESPM, Dino Gueno, o consumidor deve deixar para última hora a escolha da loja e do presente e, por isso, os varejistas devem apostar em conveniência. “Uma boa estrutura de entrega rápida e horários de atendimento estendidos nos dias que antecedem a data podem ajudar na estratégia de vendas”, diz Gueno. “Além disso, promoções como cashback, catálogo de ideias de presentes e kits estimulam o consumidor a não deixar para a última hora”, releva o especialista.
