“É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores?”, diz Bolsonaro na Alesp
Política

“É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores?”, diz Bolsonaro na Alesp

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, nesta segunda (26), de uma agenda do Partido Liberal na Assembleia Legislativa de São Paulo. O evento, que discutiu a participação do PL nas eleições de 2024, integra um roteiro de viagens que Bolsonaro tem realizado pelo País, com objetivo de fortalecer o partido para as eleições municipais de 2024.

No domingo (25), Bolsonaro também esteve almoçando com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado André do Prado.

Na saída do auditório, Bolsonaro falou sobre o julgamento da ação no TSE e sobre a possibilidade de ficar inelegível. “É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores? Não é justo falar: atacou a democracia. Aperfeiçoamento, buscar, colocar camadas de proteção, isso é bom para a democracia”, afirmou o ex-presidente. Bolsonaro revelou que já foi multado em R$ 20 mil, por causa da reunião com embaixadores.

O ex-presidente ainda minimizou as críticas realizadas, anteriormente, ao sistema eleitoral. “O que não podemos aceitar passivamente no Brasil é que possíveis críticas ou sugestões de aperfeiçoamento no sistema eleitoral seja tido como um ataque à democracia”, afirmou.

Bolsonaro revelou ainda que não é “insubstituível”, mas deu ficou subentendido que irá se manter como figura central do PL. “Não existe ninguém insubstituível. Tem muita gente no momento muito mais competente do que eu, mas não tem o conhecimento nacional que eu tenho. Além de eu ter 28 anos de Parlamento, 15 de Exército brasileiro, eu tive 4 de presidente da República. E consegui graças a Deus o carinho de uma parte considerável da população”, disse.

EM SÃO BERNARDO

O vereador de São Bernardo e líder bolsonarista no ABC, Paulo Chuchu (PRTB), que esteve presente na reunião, revelou que deverá mudar de partido, para o PL.

Chuchu já participou, no domingo (25), de reunião com Bolsonaro e empresários de São Paulo. “Estive ontem com um grupo de empresários e o presidente em São Paulo e, hoje, há uma agenda política, não tem mandato, mas continua sendo um político e falando sobre o Governo do Estado, a política no estado, junto com a sua bancada e com demais apoiadores”, disse.

Segundo o parlamentar, a estratégia do PL é obter capilarização nos municípios. “O objetivo é angariar o maior número nas cadeiras de vereança. O presidente Valdemar (Costa Neto) quer fazer 1.600 prefeituras pelo Brasil, no mínimo o dobro disso de vereadores e acredito que tenhamos sucesso”, afirmou.

Chuchu contou que deverá migrar para o PL, a convite do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL).

À Folha, o vereador disse que não está descartada a sua possível candidatura a prefeito de São Bernardo, pelo PL, que, na última quinzena, teve seu diretório oficializado em São Bernardo. “Trata-se de uma decisão unilateral do partido. Depende de pesquisas, viabilidade. Estou para somar e para ajudar o partido. Se o partido entender que eu deva sair como candidato a prefeito, ou a vice, pode ser que aconteça, não está descartado essa possibilidade. Hoje, não é o desenho, mas pode ser que isso aconteça. Falar que eu não tenho vontade de ser prefeito da cidade em que trabalho é mentira. Todo político tem esse sonho de ser prefeito da cidade em que você trabalha. Não sei se é meu momento,agora, mas, amanhã, pode ser que seja”, explicou.

 

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