Em 20 anos, ABC mantém índice de felicidade
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Em 20 anos, ABC mantém índice de felicidade

  Em celebração ao Dia Internacional da Felicidade, comemorado em 20 de março, o Instituto Cidades reeditou o Mapa da Felicidade, maior pesquisa sobre o tema no país, lançada pela primeira vez em 2004. O estudo, que ouviu quase 6 mil paulistas em 71 municípios do Estado de São Paulo, publicado com exclusividade pelo jornal O Estado de S.Paulo, revela que na região do ABC, o índice de felicidade se manteve estável se comparado os anos de 2004 e 2023.

   Há 19 anos, a região apresentava índice de 5,89 e este ano o número passou a 5,90. Em onze pilares avaliados, entre eles espiritualidade, finanças, relacionamentos, trabalho, segurança, lazer e governo, o ABC foi uma das regiões mais críticas à contribuição do governo para a sensação de felicidade. A pesquisa considerou as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema.

   No quesito espiritualidade, as regiões que mais valorizam o fator foram São Paulo e Guarulhos. O estudo mostra que houve um aumento considerável de mulheres paulistas que se dizem “muito felizes” (40%) em relação à 2004 (27%). Em relação aos homens que se dizem “muito felizes”, o acréscimo foi apenas 6%. No geral, dos entrevistados em 2023, 39% se definiram como “muito felizes”, ante 25% em 2004. No caminho oposto, 13% se definiram como “infelizes” ou “muito infelizes” em 2023, ante 4% em 2004.

   Segundo análise, números revelam uma radicalização dos sentimentos, com mais pessoas se sentindo muito felizes e mais pessoas se sentindo muito infelizes.

Renda e felicidade – A conhecida frase “dinheiro traz felicidade” parece não ser verdadeira. De acordo com o estudo, 44% das pessoas com renda familiar abaixo de R$ 1.320 se dizem muito felizes. Em 2004, eram 22%. Já aqueles com renda superior a R$ 13.200, 52% se disseram muito felizes em 2004 e, este ano, apenas 37% se consideram muito felizes. Já o índice de insatisfação aumentou na classe alta. Em 2004, apenas 1% se considerava muito infeliz. Este ano, o percentual de pessoas infelizes com salário superior a R$ 13.200 aumentou para 4%.