Em um dos seus questionamentos ao presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, que prestou depoimento, na quinta (16), na CPI da Enel, o deputado estadual Thiago Auricchio (PL) cobrou um plano de indenização aos consumidores que perderam itens essenciais, como alimentos e remédios.
“Essa CPI vai durar mais um mês e esse tempo é muito longo para gente aguardar isso. A gente consegue deixar um prazo, um plano específico de ressarcimento para essas pessoas de baixa renda, que perderam alimentos e remédios? É possível sair daqui com a palavra do senhor que tem um compromisso da Enel com um plano específico de ressarcimento?”, questionou o parlamentar que é presidente da CPI.
A forte chuva que atingiu a Região Metropolitana, no último dia 3, deixou um rastro de destruição e afetou mais de 2 milhões de consumidores. Parte dessa população chegou a ficar sem energia por uma semana.
“Será prioridade para empresa elaborar e definir esse plano. A gente já está correndo, trabalho em diferentes opções, como por exemplo, com o Procon. Acredito que hoje vamos ter reunião com eles para definir melhor essa proposta. Posso sim confirmar o nosso compromisso com a elaborar essa proposta”, afirmou Nicola.
Ao ser cobrado sobre um prazo para isso por Thiago, o presidente da Eenl afirmou que até o dia 28 a concessionária apresentaria esse plano de indenização. No entanto, na oitiva do dia 14, o presidente da Enel São Paulo, Max Xavier Lins, ao responder a mesma pergunta feita por Thiago, não garantiu que a concessionária assinaria o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público que prevê a indenização para os consumidores afetados.
“Vamos continuar atentos a essa questão e não deixaremos de cobrar a empresa. Convocamos novamente o Max e a data prevista da oitiva dele é o dia 28. Então, esperamos que ele traga e apresente na CPI esse plano de indenização ou algum retorno positivo ao munícipe sobre a assinatura desse TAC. Como eu disse desde o início, vamos trabalhar intensamente para que a empresa arque com o prejuízo da população”, pontua Thiago.
