Engenheiros da nave Voyager 2 da NASA estão trabalhando para devolver a missão às condições normais de funcionamento depois que uma das rotinas de proteção autônoma de falhas da espaçonave foi acionada. Várias rotinas de proteção contra falhas foram programadas tanto na Voyager 1 quanto na Voyager 2, a fim de permitir que a espaçonave tomasse automaticamente medidas para se proteger, se surgirem circunstâncias potencialmente prejudiciais. No Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia, os engenheiros ainda estão se comunicando com a espaçonave e recebendo telemetria.
Lançadas em 1977, a Voyager 1 e a Voyager 2 estão no espaço interestelar, tornando-os os objetos mais distantes feitos pelo homem no Sistema Solar. No sábado, 25 de janeiro, a Voyager 2 não executou uma manobra programada na qual a espaçonave deveria girar 360 graus, para calibrar seu instrumento de campo magnético a bordo. A análise da telemetria da espaçonave indicou que, um atraso inexplicável na execução a bordo dos comandos de manobra, deixou dois sistemas que consomem níveis relativamente altos de energia operando ao mesmo tempo. Isso fez com que a espaçonave superasse sua fonte de alimentação disponível.
Um pouco mais de história das sondas Voyager
A primeira sonda a deixar nosso Sistema Solar foi a irmã gêmea, a Voyager 1, que ingressou no espaço interestelar em 2013.
A sonda Voyager 2 — que viaja no espaço há mais de 42 anos — detectou um aumento nos raios cósmicos que se originam fora do nosso Sistema Solar. Lançada em 20 de agosto de 1977, a Voyager 2 se encontra atualmente a pouco menos de 18,5 bilhões de quilômetros da Terra, ou mais de 123 vezes a distância que separa a Terra do Sol.
Desde 2007, a sonda se desloca através da camada mais externa da heliosfera – a grande bolha ao redor do Sol e dos planetas dominados por materiais solares e campos magnéticos. Os cientistas da Voyager têm observado a nave espacial que já ultrapassou o limite exterior da heliosfera, conhecida como heliopausa.
A Voyager 2 saiu da heliosfera no dia 10 de dezembro de 2018 e se torna segundo objeto feito pela Humanidade a entrar no ‘espaço interestelar’
