Experiências científicas
Opiniao

Experiências científicas

Experiências científicas comprovaram: a meditação pacifica e estabiliza as ondas cerebrais e traz bem-estar físico

De eficácia comprovada como método auxiliar no tratamento de várias patologias humanas, a meditação tem sido cada vez mais recomendada pela medicina física e pela psicoterapia, particularmente a psicossomática. Ela não pode ainda – como querem alguns – ser enquadrada na categoria das psicoterapias formais. Mas, graças à sua comprovada capacidade de agir como solvente do estresse – uma das maiores causas de moléstias do mundo moderno – a prática da meditação faz parte hoje do receituário inclusive de médicos alopatas.
A equação é simples: meditar leva a mente a relaxar; como conseqüência, o corpo também se acalma; e a homeostase – o mecanismo auto-regulador do organismo – pode recobrar a sua autoridade sobre os processos biológicos. Embora ainda não esteja bem claro como todo esse processo acontece, os dados já obtidos pela pesquisa científica demonstram que a meditação realmente produz positivos efeitos fisiológicos, psíquicos e mentais.
“Aqueles que meditam se isolam do mundo e flutuam na estratosfera!” Críticas desse tipo são feitas por quem não compreendeu os verdadeiros objetivos e efeitos da meditação, bem como por aqueles que conheceram pessoas que “meditam” de maneira errada. A pessoa que pratica a meditação de forma justa pode ser reconhecida ao longe: ela é mais calma, mais ponderada. Torna-se “centrada”, e não se deixa mais possuir por sentimentos que a colocam “fora de si”, como a ira, a irritação e a cólera. Seus pensamentos são mais claros e, por desenvolver uma melhor compreensão das coisas, ela se torna mais ativa, mais precisa nos afazeres da vida cotidiana. Cada vez menos deixa-se perturbar e influenciar pelos acontecimentos e situações externas, porque consegue desenvolver em seu íntimo um lugar de calma e de paz. Como conseqüência, sua postura pessoal e suas ações no mundo, tornam-se cada vez mais corretas e justas.
As pessoas que sofrem de angústia respondem ao estímulo estressante externo com uma elevação do nível de lactato no seu sangue. Da mesma forma, se injetarmos lactato de sódio na corrente sangüínea de um paciente, ele ficará extremamente ansioso. Observa-se também um incremento dos mecanismos homeostáticos; uma diminuição dos batimentos cardíacos e do ritmo da respiração (com efeitos benéficos sobre a pressão arterial). E, o que é muito importante, constatou-se também que a prática da meditação estimula a produção pelo cérebro das endorfinas (hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, vitalidade, contentamento).

MEDITAÇÃO E ENDORFINAS
A moderna neurologia afirma que a vida emocional de uma pessoa está relacionada ao equilíbrio de dois tipos de substâncias: a substância P (do inglês pain, que significa dor) é o neurotransmissor da dor produzido por ocasião de sensações, percepções ou representações dolorosas ou angustiantes; as substâncias chamadas endorfinas que são produzidas, ao contrário, pelas sensações agradáveis, alegres ou serenas. Nós produzimos endorfinas todas as vezes que estamos contentes, e também durante a prática de certos esportes como correr a pé ou de certas práticas que implicam em movimentos e posturas corporais (a hatha-ioga, o tai chi chuan, a dança prazerosa). As endorfinas também são liberadas durante estados de consciência particulares, alcançados através de técnicas de relaxamento ou de meditação.
Curso de Meditação. Prof. Almir de Carvalho.
Data: 30 de julho, sábado das 14:00 as 17:30.
Investimento: R$75,00 para uma pessoa. Para 2 pessoas, R$65,00 cada uma.
Local: Clinica Reabilita. End. Rua Dr. Cesário Bastos 635, Vila Bastos, Santo André SP. Tel: 4427-5759. www.reabilitaac.com.br

Prof. Almir de Carvalho é especialista em acupuntura pela Universidade de Beijing (China), pós graduado em yoga pela FMU