Falando sério
Opiniao

Falando sério

Feliz Ano Novo! Dá até para ser feliz, com saúde e Deus no coração, por-que o resto, é sério!
Quando é que nosso país vai aprender que a vida não é “cerveja, samba e futebol”?Tanta coisa séria rolando por aí, gente sofrendo com enchentes, falta de segurança (todos nós), falta
saneamento básico em tantos lugares do Brasil, falta de médicos, de hospitais, de escolas e de professores, de leitos nos hospitais que existem, e este dinheirão sendo aplicado em obras gigantescas de cons-truções de campos de futebol e todo o resto que acarreta uma Copa do Mundo!  Vai beneficiar a quem? Falando sério, é triste!

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E falando-se em Educação, se as escolas públicas estão tão precárias, em matéria de ensino e condições básicas, como serão nossos cidadãos daqui a 10, 20 anos?Nas cidades grandes, os alunos “mandam” nos professores, principalmente nos cursos noturnos, com vistas só no diploma para terem empregos melhores, mas, sem a formação técnica e cultural necessárias. Trabalho e emprego até existem, o que não tem é gente com formação técnica suficien-temente boa. Nas capitais e grandes cidades a gente não vê o que acontece pelo Brasil afora, mas, a televisão e jornais estão aí mostrando as condições de nosso gigante País Maravilhoso. Mesmo nas grandes metrópoles, como as nossas do ABC, vemos muitas, milhares de crianças estudando em escolas particulares pagas, caras, com melhor qualidade de ensino, mas, são crianças que crescem “sem mães”!Isto mesmo! Literalmente sem a presença tão necessária do elemento mãe, desde o 4º mês de vida, entregues, bem cedinho, aos berçários pagos, creches, e, alguns a enfermeiras e babás. Afinal, se fosse para ser assim, todos os bebês viriam de fábricas “in vitro” e só tinham o nome da família, sem saber
suas histórias, sem ter a mínima noção dos papéis de “pai e mãe” no dia a dia deles, sem o aconchego do “lar” do colinho da mãe, da firmeza do pai. Dá para notar no que está se tornando isto tudo, não dá?Meus pais eram professores, muito trabalhadores, mas, minha mãe sempre fez questão de estar em casa no período em que não tínhamos escola e conversava muito conosco. Fazíamos as refeições sentados à mesa com nosso pai, que, depois da refeição, nos falava da vida, dos direitos e deveres nossos. E onde é que se aprende isto hoje em dia? Parece que, em geral, não se aprende. Sabemos que muitos pais dão duro para comprar comida, calçados e roupas para os filhos, mas, também precisam ter mais contato físico, presencial com eles, conversar com os filhos, um dedo de prosa à noite, ou, que não os faça nascer!Sei que os tempos mudaram, mas está duro de agüentar ver tanta coisa ruim acontecendo, tantos jovens infelizes sem rumo certo.
Falando nisto, de que adianta jogar o lixo embaixo do tapete, só pra estrangeiro não ver!E pior, trata-se de gente, de humanos. Como foram parar tantos humanos em cracolândias?
Como sempre digo, só Deus Poderoso pode dar um jeito nisto tudo!Abraços a todos os meus leitores amigos, obrigada pelos votos carinhosos que tantos me enviaram por e-mails.
Desejo que, de repente, apareça um socorro e paz para nosso país e para o mundo. Até!

Glorita Caldas é professora e consultora da LAC Consultoria, e-mail: glocaldas@uol.com.br