Falta de saneamento básico faz Brasil gastar R$ 108 mi com hospitalizações
Saúde

Falta de saneamento básico faz Brasil gastar R$ 108 mi com hospitalizações

Fonte: DATASUS/Painel Saneamento Brasil

Taxa de Incidência de Internações por 10 mil habitantes

Levando em consideração a taxa de incidência por 10 mil habitantes, no Norte são 22,9 contra 19,9 do Nordeste, 17,2 do Centro-Oeste, 9,26 do Sul e 6,99 do Sudeste.

Gráfico 2 – Taxa de incidência de internações por doenças associadas à falta de saneamento (por 10 mil habitantes) em 2019

Fonte: DATASUS/Painel Saneamento Brasil

DESPESAS TOTAIS COM INTERNAÇÕES POR DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA

Em 2019, as mais de 273 mil hospitalizações decorrentes das internações por doenças de veiculação hídrica resultaram num custo de R$ 108 milhões.

Gráfico 3 – Despesas com internações por doenças associadas à falta de saneamento em 2019

Fonte: DATASUS/Painel Saneamento Brasil

A região Nordeste apresenta a maior despesa com internações por doenças de veiculação hídrica: R$ 42,9 milhões – vale ressaltar que em números gerais, o Nordeste também registrou mais internações. Logo em seguida, o Sudeste apresenta R$ 27,8 milhões com gastos, contra R$ 15,2 milhões do Norte, R$ 11,7 milhões do Sul e R$ 10,2 milhões do Centro-Oeste.

ÓBITOS DECORRENTES DAS DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA

Podemos dizer que, em 2019, a falta de acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário resultaram em 2.734 óbitos, uma média de 7,4 mortes por dia de pessoas. No Nordeste, os óbitos ultrapassam mil casos, no Sudeste, 907 mortes registradas. O Norte registrou 214 casos.

Gráfico 4 – Óbitos por doenças de veiculação hídrica (Número de óbitos) em 2019

Fonte: DATASUS/Painel Saneamento Brasil.

SÉRIE HISTÓRICA – 2010 A 2019

De 2010 a 2019, o país registrou uma queda importante com relação às internações por doenças de veiculação hídrica. Elas passaram de 603,6 mil para 273,4 mil internações no período, no entanto, houve um acréscimo de quase 30 mil internações de 2018 para 2019. Isso mostra que, mesmo ainda distante do ideal, a expansão do saneamento trouxe ganhos à saúde, sobretudo com a expansão das áreas de cobertura com água tratada e coleta de esgoto ao longo dos anos. Em 2010, por exemplo, 54,6% da população não tinha coleta dos esgotos, mas com o avanço, mesmo que tímido em nove anos, a população sem acesso foi reduzida a 45,9%. Sem dúvida, o avanço permitiu expressiva redução das doenças e óbitos por veiculação hídrica.

Gráfico 5 – Internações gerais por doenças associadas à falta de saneamento | Incidência por 10 mil habitantes – 2010 a 2019

Fonte: DATASUS/Painel Saneamento Brasil

INTERNAÇÕES TOTAIS NAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO

Em números absolutos, o Amapá aparece como a UF com menos internações por doenças de veiculação hídrica em 2019, com 861, contra 38,2 mil no Maranhão. Ambos possuem indicadores de saneamento abaixo da média, mas há uma grande diferença no tamanho das populações e que precisa ser considerada quando falamos de números totais. Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Pará ultrapassam a marca de 20 mil internações gerais por doenças de veiculação hídrica.

Gráfico 6 – Internações gerais por doenças de veiculação hídrica nas UFs em 2019
(do menor para o maior)
Fonte: DATASUS/Painel Saneamento

TAXA DE INCIDÊNCIA DE INTERNAÇÕES POR 10 MIL HABITANTES NAS UFS

Ao avaliar a taxa de internações por 10 mil habitantes, o Maranhão se mantém como o estado com maiores casos, com 54,4 internados a cada 10 mil, seguido de Pará com 32,62, e Piauí com 29,64. Neste quesito, o estado do Rio de Janeiro foi o que menos apresentou internações por 10 mil habitantes, com 2,84, seguido por São Paulo com 5,67 e Rio Grande do Sul com 7,14.

Gráfico 7 – Incidência por internações a cada 10 mil habitantes nas UFs em 2019

Fonte: DATASUS/Painel Saneamento Brasil

DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA EM CRIANÇAS DE 0 A 4 ANOS

As internações de crianças de 0 a 4 anos (gráfico 8) correspondem a 30% do valor total, com 81,9 mil internações em 2019. 35 mil destas internações ocorreram no Nordeste, com a menor taxa registrada no Sul – 6,7 mil internações. No mesmo ano, ocorreram 124 mortes de crianças de 0 a 4 anos, sendo 54 delas no Nordeste, seguido do Norte com 41, Sudeste com 14, Centro-Oeste com 12 e o Sul com apenas três.

Gráfico 8 – Internações por doenças de veiculação hídrica em crianças de 0 a 4 anos

Fonte: DATASUS/Painel Saneamento Brasil

Chama a atenção a queda no número de internações de crianças de 0 a 4 anos (Gráfico 9), com mais de 200 mil em 2010 e declínio para 81,9 mil em 2019.

Gráfico 9 – Internações por doenças associadas à falta de saneamento (crianças de 0 a 4 anos) de 2010 a 2019

Fonte: DATASUS/Painel Saneamento