Companhias reclamam de legislações inflexíveis e falta de terrenos para construções de novas torres
A falta de novas torres para telefonia celular faz sobrecarregar torres já existentes, prejudicando a qualidade dos serviços. As companhias reclamam de leis inflexíveis que dificultam a obtenção de licença para construção de novas torres. Muitas vezes, as empresas desistem de esperar pela licença e acabam implantando as torres de forma irregular. Segundo profissionais da área, em São Paulo entre 5 e 10% das torres existentes estão em situação irregular. Segundo o presidente da TelComp, que representa as empresas de telecomunicações, João Moura, há 60 mil torres de telefonia celular no Brasil que abrigam cerca de 77 mil antenas. A média de usuários por antena, segundo a União Internacional de Telecomunicações, é de até 1,5 mil para que haja qualidade nos serviços. Em São Paulo, em uma antena concentra até 2,1 mil usuários, o que pode chegar a 3,5 mil usuários em momentos mais críticos.
Somando-se as leis que dificultam a obtenção de novas torres, a falta de terrenos para construí-las também é um problema. É difícil encontrar áreas disponíveis e que estejam em situação regular com a Prefeitura. E não é possível construir em torno de favelas, pois não há alcance de sinal. Segundo Moura, da TelComp, seria necessário aumentar o número de antenas (e não de torres) na cidade de São Paulo para cerca de 16 a 17 mil. Hoje, São Paulo tem de 11 a 12 mil antenas.