FGV mostra a informatização da sociedade brasileira (final)
Opiniao

FGV mostra a informatização da sociedade brasileira (final)

Retomemos os marcos históricos da privatização das telecomunicações no Brasil:
• Em 29 de julho de 1998, data do leilão que privatizou as telecomunicações, o Brasil dispunha de uma rede telefônica minúscula: de apenas 24,2 milhões de acessos, dos quais 19 milhões eram telefones fixos e apenas 5,2 milhões de celulares em serviço.
• O País tem hoje (julho de 2020) o total de 323 milhões de acessos telefônicos, dos quais 43 milhões de linhas fixas e 280 milhões de telefones móveis (celulares).
• Se forem incluídos nesse levantamento os smartphones, computadores, notebooks e tablets, o total de dispositivos digitais do Brasil alcançará 424 milhões — como demonstra a pesquisa conduzida pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (FGV-CTIA) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.
• A pesquisa comprova o vigor do processo de Transformação Digital das empresas e da sociedade, pois o País dispõe hoje de 190 milhões de computadores — entre desktops, notebooks e tablets. Esse volume corresponde a 9 computadores para cada 10 habitantes, 90% per capita”.
• Especificamente na área de telecomunicações, em 22 anos, a densidade saltou da média de 14 para 107 telefones por 100 habitantes. Ou seja, o País tem mais telefones do que habitantes, com uma rede total de 266 milhões de linhas, entre fixas e celulares.
• Em 1998, a internet, ainda em estágio incipiente, beneficiava pouco menos de 2 milhões de usuários, dos quais 91% em banda estreita e apenas 9% em banda larga. Hoje, o Brasil conta com mais de 170 milhões de internautas, dos quais 153 milhões em banda larga (90% dos usuários).
Os brasileiros mais jovens não se lembram, mas o monopólio estatal da Telebrás era elitista e cruel: cada novo assinante de telefonia tinha que pagar valores equivalentes a US$ 1.000 até 3.000 para obter uma linha telefônica pelo velho plano de expansão. E o telefone só era instalado cerca de 24 meses depois. Ou, em muitos casos até em 48 ou 60 meses.