Folclore Brasileiro
Opiniao

Folclore Brasileiro

O lado mais conhecido do nosso folclore é o que trata de festas e histórias assustadoras de animais estranhos. É a identidade cultural do nosso povo.
Monteiro Lobato conseguiu como ninguém descrever esse fascínio no seu “Sítio do Pica-Pau Amarelo”.
Um lugar onde sabugo de milho e boneco de pano são gente, como disse Gilberto Gil; onde Dona Benta, Tia Anastácia, Narizinho e Pedrinho, vivem o dia-a-dia envolvidos com as reinações do saci-pererê, com o medo do barulhento galope da mula-sem-cabeça.
O saci-pererê é um negrinho de uma perna só, cachimbo de barro na boca e capuz vermelho na cabeça.
Outro negrinho famoso é o Pastoreio, lenda muito popular no Rio Grande do Sul.
O “cão da meia noite”, cachorro enorme, corrida lenta, não molesta ninguém fisicamente, mas é um perigo para as mulheres adúlteras.
A história de como surgiu a vitória-régia, na região amazônica.
Outra lenda famosa é a do boto.
A sereia brasileira atende por mãe-dágua ou iara. Vive nos grandes rios e surge no final da tarde para atrair rapazes que leva para o fundo das águas.
O rio Amazonas é origem de muitas lendas, principalmente sobre grandes serpentes.
A história com Tupã, ordenando a separação do Sol e da Lua, que eram casados para criar o mundo.
O pássaro representa Uribici, uma noiva rejeitada pelo Cacique Ururau que pediu a Tupã para ser transformada em ave.
“Nana nenê, que a cuca vem pegar”. A “cuca” para crianças que se recusam a dormir ou insistir em continuar tagarelando quando já estão deitadas.
O curupira, um duende con cabeleira de fogo e calcanhares para a frente.
A mula-sem-cabeça, também provoca calafrios.
O lobisomem, lenda famosa em todo o mundo, meio lobo, meio homem.
O Círio de Nazaré, manifestação religiosa que acontece no segundo domingo de outubro em Belém, Estado do Pará.
O bumba-meu-boi, folguedo brasileiro da maior significação estética e social.
A riqueza do folclore brasileiro é imensa.
No Dicionário do Folclore Brasileiro de Luiz da Câmara Cascudo, descobre-se que até mesmo algumas iguarias de nossa culinária são folclóricas, como, a buchada de bode e a baba-de-moça.
A revista Kalunga publicou rica matéria sobre o assunto, e outras publicações sobre o assunto, ocasionalmente vem à baila.
– Tudo tem seu direito e seu esquerdo: –  Má ou boa sorte, o direito e o esquerdo sempre tiveram suas preferências. O lado direito era visto como o da varonilidade; o esquerdo pertencia às mulheres. Se a mulher grávida sentisse o movimento fetal à direita, nasceria menino. Menina, se a esquerda.
– Um conselho, não fale diante de um espelho: – Quando o espelho quebra sem motivo, é anúncio da morte do dono da casa. Na primeira semana de luto, deve ser imediatamente coberto. Não se deve colocar menino de peito diante dele, sob pena de lhe retardar a fala.
– A má sorte vem com um simples palito de fósforo: – Três fumantes não devem acender o cigarro no mesmo fósforo, pois um deles poderá morrer dentro de um ano. Nunca jogue um palito inteiro fora: – quebre-o primeiro.
– No tempo em que o lenço tinha história: – Não dê lenço de presente, pois chama lágrimas. E a pessoa presenteada deve dar outro presente de imediato. Uma recém-casada deveria morder o lenço numa extremidade antes de usá-lo para não esfriar as relações com quem a presenteara.
– Um costume antigo sobre o nome: – Segundo a tradição católica, deve-se respeitar um morto, nunca pronunciar seu nome de batismo, para não interromper seu repouso, mas apenas di-zer: – o defunto, o finado, o falecido.