O secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, durante inauguração do Atende Fácil Saúde, em São Caetano, neste domingo (16), revelou as principais ações da gestão Tarcísio de Freitas, nestes 100 dias de governo e ainda sobre as prioridades da área, entre elas, está o AME Digital.
“Dentro dos próximos meses, estaremos entrando com um projeto de Saúde Digital e é um tema que a secretária Regina Maura (de São Caetano) tem dominado com muita competência, e vamos começar a discutir, que é o AME Digital. Este vai ser o grande ponto que o Governo do Estado deverá começar a focar nos próximos 30 dias”, destacou.
Além disso, Paiva contou sobre o foco na cobertura vacinal nos 100 primeiros dias de governo. “Primeiro focamos na vacinação, problema extremamente grave, mas que o Estado de São Paulo sempre foi um exemplo de cobertura vacinal. Hoje, estamos numa média entre 70% e 80% de cobertura vacinal dependendo da doença que estamos falando e começamos uma campanha para poder estar aumentando esta cobertura. O desejo nosso é que nos próximos 15, 18 meses, ultrapassemos 90% de cobertura vacinal, o que nos dará uma tranquilidade, sob o ponto de vista epidemiológico”, contou.
O secretário ainda afirmou que foi dada atenção às filas, principalmente a do setor de oncologia. “De imediato, primeiro focamos na fila de oncologia. Tínhamos 1.536 pacientes que aguardavam a mais de seis meses na fila de oncologia. Se a oncologia aguardar de 6 a 9 meses para tomar uma atitude, é inaceitável. Então, fizemos mais de 21 mil procedimentos na área de oncologia. Não temos nenhum paciente regulado no Estado, que esteja na fila a mais de 60 dias para poder ter um atendimento. A média, hoje, é em torno de 45 dias”, revelou.
De acordo com o secretário, será iniciado, a partir de amanhã, segunda (17), uma mobilização das filas de cardiologia. “Temos a mesma avaliação de pacientes na fila, por um período inaceitável, do ponto de vista de piorar a situação clínica deste paciente. Depois entraremos em ortopedia e oftalmologia”, explicou.
Segundo Paiva, a fila de todas as especialidades no Estado é algo imensurável. “Em relação às filas, ninguém consegue avaliar o tamanho delas no Estado de SP, porque temos uma fila Cross, que é regulada pelo Estado, mas os municípios, cada um tem a sua fila. Cada hospital também tem a sua fila. Então, a nossa ideia primeiro é rever esse processo de Cross regional e vamos fazer isso com um projeto que começamos da regionalização do Estado. Pretendemos redividir o Estado por regiões, para que não foquemos a gestão de saúde apenas pelos limites geográficos, mas sim, com os limites de uma região de Saúde”, frisou.
De acordo com o secretário, as filas serão unificadas, como já ocorre com a de transplantes de órgãos. “Queremos, a partir de agora, junto com os prefeitos, fazer a gestão de Saúde por região, e obviamente, fazendo por região, queremos filas únicas, centralizadas na região, e que todos nós possamos acompanhar, inclusive, a sociedade. Faremos, mais ou menos, como se faz com as filas de transplante. O paciente entra, essa fila é publicizada, portanto o paciente tem acesso ao local da fila e também vamos conhecer a oferta e demanda, vamos ter uma ideia da velocidade que essas filas vão poder andar e, aí, saber se vamos resolver só com os aparelhos públicos, ou se também precisaremos comprar serviços da iniciativa privada. Cada região vai ter uma lógica”, destacou.
Eleuses revelou ainda que até este ano o Estado estava dividido entre quatro a cinco regiões e que esse número será ampliado. “Agora, São Paulo deve ser dividida entre 17 a 22 regiões. Este ano, pretendemos avaliar cinco regiões”, enfatizou.
