Há 30 anos, a explosão da Challenger
Opiniao

Há 30 anos, a explosão da Challenger

Tenho até hoje na retina as imagens daquela manhã fria e luminosa de 28 de janeiro de 1986, com a nave Challenger a decolar lentamente no Cabo Canaveral. Tudo caminhava aparentemente sem problemas, nos primeiros 73 segundos que se seguiram à decolagem. A partir daí, um dos foguetes laterais se desviava de forma totalmente imprevista abrindo um rastro de fumaça branca e formava um desenho em “V” no céu. E logo, explosão apavorante.

Fixei minha atenção de forma especial nos pais de uma das tripulantes da nave, a professora Sharon Christa Corrigan McAuliffe (conhecida apenas por Christa McAuliffe), que haviam sido convidados pela Nasa para assistir ao lançamento da Challenger na base da Flórida. Na foto, Christa é a segunda da esquerda para a direita.

A TV ainda mostrava os pais de Christa sorridentes e orgulhosos da filha que subia no ônibus espacial Challenger. De repente, a imagem estranha da explosão muda radicalmente a fisionomia de ambos. Eles pressentiam a tragédia.

Christa dava aulas de Estudos Sociais e História Americana, na Escola Concord de segundo grau (High School), em New Hampshire. Foi escolhida pela Nasa, numa pesquisa que envolveu 11 mil professores. Seus alunos assisitiam a tudo com a aquela alegria infantil e orgulhosos de sua mestra.

A Nasa homenageia os sete astronautas que morreram. Além de Christa McAuliffe, morreram Judith Resnik, Ronald McNair, Ellison Onizuka, Francis Scobee, Gregory Jarvis, e Michael Smith.

Este post é um depoimento pessoal e não uma notícia histórica da Nasa sobre acidente que o mundo viu em transmissão direta do Cabo Kennedy, na manhã de 28 de janeiro de 1985. Como eu não havia podido viajar para a cobertura do lançamento, decidi assistir a tudo de minha casa, na Alameda Lorena, em São Paulo.

Foto: Nasa