Como ser humano sensível, não poderia deixar de me comover com os trágicos acontecimentos que o povo do Japão está atravessando e desejo manifestar por este periódico, os meus sentidos pêsames pelas mortes de milhares de inocentes, bem como desejar que, o mais urgente possível, consigam equilibrar essa imponente nação.
Ninguém poderia imaginar que aconteceria essa tamanha tragédia quando tantos entes queridos se foram do mundo dos vivos sem escolha – sejam bebês, milhares e milhares de crianças inocentes, mulheres e homens que, de repente são levados por ondas gigantescas, junto com veículos, prédios, tudo arrastado por terremotos e tsunamis.
Igualmente fico abismado pela coragem daqueles que, além de sofrerem na pele essa gigantesca perda, ainda se munem de uma força descomunal para auxiliar os que estão mutilados, os que estão com fome, com sede, além da reconstrução de seu país.
Para evitar o derretimento dos reatores da usina de Fukushima 1, no início foram requisitados 50 técnicos, que considero heróis, pois se encontram sob sério risco e mesmo assim, batalhando para resfriar os reatores.
Estando a mercê de colapso da planta nuclear, o governo do Japão decidiu que 750 empregados saíssem do local. Em 17 de março, a contagem dos óbitos era de ao menos 4.314, e aproximadamente 7.500 pessoas consideradas desaparecidas.
Os 50 heróis relatados viraram 180 ao longo dia e durante algumas horas, caíram para zero, quando a usina TEPCO, administradora precisou retirar todos os funcionários devido a um aumento temporário nos índices dos reatores.
O Imperador Akihito, atualmente com 77 anos, dirigiu-se à TV pela primeira vez desde que chegou ao poder, para expressar suas condolências às vítimas do terrível terremoto seguido do tsunami que atingiu o país na semana passada, e agradeceu aos envolvidos pelas operações de resgate, afirmando não conhecer o número de vítimas, mas reza para que cada pessoa possa ser salva. Está profundamente preocupado com a situação nuclear porque é imprevisível.
Famílias e famílias estão abandonando até locais que o próprio governo considera seguros. Na capital, Tóquio, que fica a 250 quilômetros, os residentes resolveram estocar produtos, o que provocou o desabastecimento.
Diante dessa tragédia qual seria o sonho de cada um de nós? Nessa altura dos acontecimentos PAZ e AMOR é o que mais almejamos para o mundo.
Israel Zekcer, vereador de Santo André, médico pediatra e alergista, deputado estadual de São Paulo por três gestões, Secretário de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo.
