A Secretaria do Planejamento sabe que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer, previdência e o mínimo de dignidade deveria ser de R$ 3.810,36.
Oba! Então vão aumentar nosso mínimo? Pelo contrário. Existe um plano para reduzi-lo. Isso significaria mais de 3 bilhões de reais de caixa. Quantas escolas e, principalmente, hospitais o governo não faria? Mas eles devem preferir comprar picanha, cerveja, carvão vegetal e leite condensado.
A desculpa do Ministério do Planejamento é que tal medida é necessária porque a arrecadação com impostos e tributos está mais baixa que a prevista – e deve continuar assim, pois se os preços continuarem um absurdo do jeito que estão, o povo comprará menos e, portanto, não haverá avanço na economia.
Quer que as coisas estejam sempre do mesmo jeito? Então continue a fazer sempre as mesmas coisas! O brasileiro tem o hábito de votar em políticos já conhecidos, quando a manobra deveria ser justamente a inversa: Votar em pessoas novas a fim de termos mudanças novas, logo os mesmos políticos cometem as mesmas calamidades. Se o salário mínimo é ‘roubado’ do bolso do cidadão para que o governo ganhe 3 bilhões de reais, isso seria motivo de revolução em qualquer país. Na Itália, França e Grécia foi assim.
Os Estados não podem dar calote no governo federal, no entanto, torna-se impossível pagar uma dívida de R$ 430 bilhões. Será preciso renegociar. São 513 deputados (maior quantidade do mundo) e muitos falam em Reforma da Previdência, Reforma do Trabalho e outras. Esses deputados custam aos contribuintes 1 bilhão e 200 por ano. Uma solução inteligente seria não só reduzir o salário deles que é de 34 mil reais (maior do mundo), mas também reduzir o número de parlamentares – o que é uma ótima maneira para ‘reformar’ tudo – e, com o dinheiro que sobraria bastante, ainda dava para renegociar dívidas externas, com o FMI e a União. Mas as autoridades que prevaricam de uma vida nababesca e brincam com o Brasil farão isso? Improvável!
“Trabalhar duro por algo que não acredita chama-se estresse. Trabalhar duro por algo que acredita chama-se propósito.” – autor desconhecido.
