Inadimplência cai, pela primeira vez no ano, e atinge 66,6 mi de brasileiros
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Inadimplência cai, pela primeira vez no ano, e atinge 66,6 mi de brasileiros

 Após meses de crescimento, o número de inadimplentes no país caiu pela primeira vez em 2023. Em junho eram 66,65 milhões de brasileiros com contas em atraso. O número significa que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,87%) estavam negativados em junho deste ano.

   Em relação ao mesmo período de 2022, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 7,64%. Os números são do Indicador realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com o presidente da CNDL, José César da Costa, a queda no número de inadimplentes foi moderada. “A pequena queda da inadimplência pode ser um reflexo da diminuição do desemprego e do aumento da renda no país. No entanto, foi uma queda modesta, e ainda é cedo para dizer que essa é uma tendencia a longo prazo”, destaca o presidente.

   Os indicadores mostram que, no mês de junho, o número de devedores com participação mais expressiva no Brasil esteve na faixa etária de 30 a 39 anos (23,81%). Cerca de 16,54 milhões de pessoas estavam registradas em cadastro de devedores nesta faixa. O número significa que quase metade (48,48%) dos brasileiros deste grupo etário estão negativados. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, a Selic pode ter influenciado nos números. “A Selic alta também já tem seus efeitos sentidos no mercado.

   O Banco Central apontou uma desaceleração no pedido de empréstimos, tudo isso pode ter influenciado na queda de inadimplentes. De qualquer forma, a inadimplência ainda é muito alta no país e é necessário acompanhar os próximos meses para sabermos se essa é uma tendência ou somente um caso pontual”, afirma Pellizzaro.

Dívidas – Em junho de 2023, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.030,25 na soma de todas as dívidas e, a maior parte das dívidas eram com bancos.

   O setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,05% do total. Na sequência, Comércio (11,42%); Água e Luz, com 11,31%; e Outros, com 6,72% do total de dívidas. Os débitos com o setor bancário tiveram crescimento de 26,73%, seguido de Água e Luz (21,08%).