Irã abateu este Global Hawk, drone americano de US$ 220 milhões
Opiniao

Irã abateu este Global Hawk, drone americano de US$ 220 milhões

Foi na manhã de quinta (20), dia de Corpus Christi, que o Irã abateu um RQ-4A Global Hawk (“Falcão Global”), drone militar dos EUA, ou seja, um Veículo Aéreo Não-Tripulado ou UAV (sigla em inglês Unmanned Ae-rial Vehicle) sobre o estreito de Hormuz, entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã.
O Irã identificou o Global Hawk, um UAV de $220 milhões, que funciona como se fosse uma poderosa plataforma de vigilância no ar. É claro que o ataque marca uma nova escalada com tensões — que já estavam em alta – entre os EUA e o Irã, especialmente por causa do valor e sensibilidade técnica do drone abatido.
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã disse que o Global Hawk, fabricado pela Northrup Grumman — parte de um programa multibilionário que remonta a 2001 — havia entrado no espaço aéreo iraniano e caiu em águas irania-nas. O comando central dos EUA confirmou o tempo e a localização geral do ataque, mas insistiu que o drone estava voando no espaço aéreo internacional. Trump havia decidido retaliar o Irã, mas retrocedeu, talvez por não ter certeza de que o Global Hawk voava no espaço internacional.

A super máquina
Os Global Hawks são plataformas poderosas de vigilância e espionagem, com uma envergadura de 40 metros, e peso máximo na decolagem de 16 toneladas. Pode voar por mais de 20.000 km em altitudes de até 20.000 metros. E podem permanecer no ar por 34 horas diretas. Mas os drones não têm capacidade ofensiva.
Os drones Global Hawk voam tão alto que, dificilmente, podem ser abatidos se estão em sua altitude máxima. Em seu arsenal de sensores, esses monstros voadores dispõem, geralmente, de equipamentos de captação de imagens em infravermelho, ou seja, imagens térmicas, emissão e recepção de sinais de radar, imagens optoelétricas.
Thomas Karako, diretor do projeto de de-fesa de mísseis no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, disse: “Há muita coisa acontecendo aqui, e provavelmente estamos vendo apenas alguns desses veículos. Este é um dos mais caros, alcança maior altitude, é mais capaz, de longo alcance, e com a missão de inteligência de reconhecimento e de vigilância. Se eles estão abatendo esses UAVs no espaço aéreo internacional sobre as águas internacionais, isso pode provocar algum tipo de represália”.