João Carlos Martins reúne 3 mil pessoas em Ribeirão
Cultura & Lazer

João Carlos Martins reúne 3 mil pessoas em Ribeirão

O maestro João Carlos Martins e a orquestra Camerata Bachiana estiveram, no domingo (23), em Ribeirão Pires, onde realizaram apresentação no Paço Municipal.

“Uma honra receber esta apresentação e ver, em uma noite de domingo, o Paço Municipal cheio. Este é um movimento de democratização da cultura que veio para ficar. A arte está ocupando os espaços públicos de Ribeirão Pires, incentivando novos talentos e estimulando o desenvolvimento social”, avaliou o prefeito Guto Volpi.

O espetáculo, gratuito, foi promovido pelo Ministério da Cultura, com apoio da Prefeitura e produção cultural da Fundação Bachiana e D’ Color. O repertório homenageou Heitor Villa-Lobos.

À Folha, o maestro revelou um pouco sobre a sua trajetória ao longo dos anos e como a música clássica tem o poder de emocionar e comover as pessoas. “Toquei em 60 países, só em Nova York (EUA) fiz umas 40 apresentações na minha vida e o que posso dizer é o seguinte, no Brasil, tanto eu quanto o fantástico pianista Arthur Moreira Lima. Corri 600 cidades do Brasil na minha vida, desde o Sul, do Rio Grande, até a fronteira com a Guiana Francesa, até Roraima. Em muitos lugares, cidades de, às vezes, 5 mil habitantes, você percebia que quando acabava um concerto, o público tinha uma lágrima nos olhos, e um sorriso nos lábios”, conta.

João Carlos Martins ainda revelou que a internet contribui para propagar a música clássica pelo mundo. “A música clássica, quando você pensa, hoje, por exemplo, todo sábado, por causa do Alexandre Nero, que me convenceu, é colocado uma postagem (em suas redes sociais) de 60 segundos eu regendo ou tocando em algum lugar do mundo, a deste último foi um pedaço da 9ª Sinfonia de (Ludwig van) Beethoven. Então já alcançou 150 mil contas e uma postagem que eu fiz, tocando (Johann Sebastian) Bach, deu 33 milhões de visualizações no mundo inteiro. Então, a música clássica chega nos jovens e chega em qualquer segmento da sociedade como algo que quando você pensa, ninguém lembra do nome de um crítico na época de Beethoven, mas todo mundo sabe o nome de Beethoven e de Bach”, destacou.