A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SEDET) de Diadema deu início a um projeto-piloto de organizar visitas monitoradas de jovens do programa Adolescente Aprendiz a faculdades e indústrias da região.
Esta primeira ação contou com adolescentes atendidos pela Rede Cultural Beija Flor que visitaram a Fatec Diadema e as instalações da Yuzi Cosmetics.
“Esse projeto é uma forma de dar a estes jovens a oportunidade deles descobrirem que a cidade tem uma Fatec, com cursos superiores gratuitos, e quem sabe despertar um desejo de continuar a estudar sem sair de Diadema,” explicou o secretário municipal Marcelo Strama, da SEDET, ao recepcionar os alunos acompanhado do secretário-adjunto de Educação, Alberto Alves de Souza. “A gente sabe da dificuldade do estudante ir estudar em outra cidade, tem o custo da moradia lá ou custo e o tempo de sair da cidade e voltar todos os dias, e fazer uma graduação dentro de seu próprio município facilita.”
“Conversando com as faculdades, vimos que os cursos têm poucos alunos da cidade e muitos desconhecem que existe faculdade gratuita na cidade. Então essa é uma forma também de informar. E, conhecendo também uma indústria por dentro, eles têm contato direto com o mercado de trabalho,” concluiu o secretário. Tanto a Fatec, com seu curso de Graduação em Cosméticos, como a Yuzi são parceiras do Polo Cosmético de Diadema.
Fatec – Na Fatec, os adolescentes entre 16 a 18 anos puderam visitar o prédio da faculdade e conhecer os cursos, o espaço de convivência dos alunos, a biblioteca e os laboratórios de química, de informática e de microbiologia.
“É importante sempre frisar que toda essa estrutura está ao alcance de vocês a custo zero,” ressaltou o coordenador do curso de Tecnologia em Cosméticos, Jhonny Frank Sousa. “Esperamos que vocês voltem à Fatec como nossos alunos e valorizem nossos cursos e o que a cidade tem a oferecer.” A Fatec Diadema conta hoje com cerca de 700 alunos, em três cursos de graduação: o carro-chefe, de Tecnologia em Cosméticos, Tecnologia em Gestão da Produção Industrial e Tecnologia em Desenvolvimento de Softwares Multiplataforma. Todos os cursos têm duração de três anos e podem ser acessados por vestibular próprio, pelo Enem e pelo Provão Paulista, prova obrigatória aos estudantes da rede pública estadual. “É uma chance a mais de ingresso aos alunos da cidade,” lembrou o Prof. Jhonny.
Yuzi – De lá, os jovens seguiram para a fábrica da Yuzi Cosmetics, uma empresa do Polo Cosmético de Diadema que, apesar de não comercializar uma marca própria, atua como terceirista, isto é, produz e embala cosméticos para outras empresas. A indústria recebe tanto produtos com fórmula própria quanto pesquisa e desenvolve novos produtos em fórmulas exclusivas para diversas marcas do setor.
“Pra gente é muito importante apoiar projetos como esse, pois isso dá uma visão prática das possibilidades que esses jovens têm no futuro,” contou Priscila Nakahara, uma das sócias da Yuzi. “Aqui nós apresentamos várias áreas e várias oportunidades e de trabalho em uma mesma empresa, seja na Qualidade, no Desenvolvimento, na Logística, na Linha de Produção, na Operação de Máquinas… A gente recebe com alegria, pois sabemos como isso pode ser importante pra vida deles. Uma decisão tomada após uma visita dessas pode mudar o rumo da vida de algum deles e isso é sensacional.” A Yuzi já se prontificou a receber futuras visitas.
“É uma via de mão dupla. As empresas também podem identificar estudantes talentosos e motivados que podem se tornar futuros funcionários,” lembrou ainda Kelly Silva, chefe de divisão na SEDET e uma das articuladoras da visita, juntamente com o Polo Cosmético. “Isso é particularmente importante em setores com escassez de mão de obra qualificada, como é o caso do setor de Cosméticos.”
Futuros Empreendedores – Os amigos Yasmin, 18, Kauã, 16, e Yuri, 17, do Campanário, acompanharam a visita com empolgação. Principalmente ela, que já vai prestar o Enem este ano. “Não sabíamos que havia faculdade gratuita aqui tão perto de casa. Às vezes a gente fica indecisa e isso ajuda bastante,” disse. Kauã, que pensa em escolher fisioterapia, descobriu que pode ter uma chance também desenvolvendo softwares. “Os alunos da Fatec parecem bem espertos, gostei desse ambiente.” Já Yuri, que faz curso de barbeiro e já atua nesse ramo, ficou interessadíssimo nos laboratórios de química e em saber que poderá descobrir e produzir novos cremes e gel para cabelos. “Quem sabe não monto minha própria marca de cosméticos?”
