Lançamento da SSO-A preocupa especialistas em lixo espacial
Opiniao

Lançamento da SSO-A preocupa especialistas em lixo espacial

Um dos problemas que o mundo enfrenta nos últimos 50 anos é o do lixo espacial – em especial aquele formado por restos de satélites, de foguetes, ou de pedaços de objetos abandonados em missões espaciais.
Esses objetos perdidos no espaço permanecem em órbita terrestre até por muitos anos e se tornam um perigo para a Estação Espacial, o Telescópio Hubble e os satélites de telecomunicações. Já existem muitos casos de estruturas perfuradas por esses detritos, que giram em torno da Terra a mais de 20.000 km/hora.
Esse lixo espacial já alcança muitos milhares de peças acima de 50 centímetros de comprimento. Se considerar os detritos de menores dimensões, esse número chega a milhões.
A última preocupação manifestada pelos especialistas em lixo espacial é com o lançamento de mais de 60 pequenos satélites por meio de um foguete SpaceX Falcon 9. Esses 60 minissatélites pertencem a 35 diferentes organizações, que contrataram o lançamento com a Spaceflight, que gerencia a missão.
A missão de lançamento, apelidada de SSO-A: SmallSat Express, foi inicialmente programada para o dia 19, segunda-feira passada, da Base da Força Aérea Americana de Vandenberg na Califórnia, mas a empresa SpaceX adiou o lançamento para realizar inspeções adicionais no foguete. Ainda não foi definida nova data de lançamento.
A preocupação dos especialistas é com o número crescente de satélites de órbita baixa, que giram entre 400 e 900 km da Terra, e que se transformarão em lixo espacial no futuro.
SSO-A: Smallsat Express será a maior missão de compartilhamento de um veículo de lançamento baseado nos EUA, com 25 por cento dos clientes lançando pela primeira vez.