Morreu Elizabeth Taylor e eu senti, pois, era uma de minhas atrizes prediletas.
Belíssima, rica, amou muitos e foi por muitos desejada. Mas foi infeliz, doente, estressada e muito invejada. Jóias de rara beleza e caríssimas, faziam-na pensar momentaneamente que era feliz. Eis o que a beleza e a fama extremas fazem. O ser humano é invejoso por natureza. Aplaude e admira, ao mesmo tempo em que se consome de raiva por não ter, por exemplo, aqueles olhos cor violeta de Liz Taylor, nem seus amores tumultuados e vida de rainha. Acho eu que uma grande quantidade de pessoas que idolatram alto padrão de beleza física, queria ser como ela. Como não dava…
Bem lá atrás, está a loiríssima Marilyn Monroe.
Sensual, bonita, também desejada, levava as mulheres mais insatisfeitas com a própria aparência, a criticá-la, caluniá-la, admirá-la, mas com “dor de coto-velo”. Houve na época, milhões de “Marilyns” oxigenando os cabelos, fazendo caras de dengosa, voz doce como a da atriz e passando em bueiros de vento com rodadas saias, para ser, por segundos, a Marilyn de vestido branco plissado rodado e levantado pelo vento (foto eternizada pelos paparazzi). Quem não se lembra? Amavam-na, mas também a invejavam e ela acabou se apagando…
Depois vem Lady Diana, Princesa do povo.
Linda, bondosa demais, elegante, carismática, encantou o mundo com suas milhões de fotos por todas as revistas e meios de comunicação. Era querida por seu povo, mas demorou para enxergar que aparecia demais, sobressaia-se demais perante a austeridade da realeza a que pertencia. Amada mas muito invejada, infelizmente morreu tragicamente, junto com aquele que a faria feliz, afinal.
E, acabo de me lembrar da minha, sua, nossa bela “Cinderela”. Esta sofreu inveja doentia vinda da madrasta e de duas feiosas e “desengonsadas” filhas dela. Mas, a paciência e doçura de Cinderela, acabaram por fazê-la eternamente feliz, junto a seu Príncipe Encantado. Acontece que esta última só se deu bem porque mora para sempre dentro de um livro de estórias para crianças. A “feliz para sempre” é de mentira. Infelizmente, nestes casos da vida real, a inveja provoca, comprovadamente, danos irreversíveis, ao menos nesta vida. Ah! Invejosos seres da Terra: acabem de vez com esta coisa paradoxal, feia, maldosa que é admirar demais endeusar e invejar tanto alguém que acabam por destruir estes luminosos seres humanos.Atenção: inveja, cobiça e ciúme são sentimentos próprios de seres bem inferiores. Bom fim de semana. Até!
Glorita Caldas é professora e consultora da LAC Consultoria, e-mail: glocaldas@uol.com.br
